sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Fragmentos de 'mi mente'

Se Nostradamus soubesse
O que sabiam os maias
Nada seria diferente.
Meu café ainda esfria na mesa.
Minha vida ainda é incerteza. 
Minhas costas ainda continuam repugnando o açoite.
Muito embora eu saiba: faltam cinco para meia noite.

Hoje parando para refletir sobre um mundo supostamente prestes a chegar ao seu final e eu tinha prometido a mim mesma que não faria nenhuma retrospectiva sobre esse ano infeliz que está encerrando, até mesmo porque tenho uma tendência a escrever bastante quando o assunto é esse, e sair um pouco do foco deixando a leitura completamente cansativa. Eu sei que as coisas mudaram. E eu aprendi e amadureci muito com isso. Na verdade se eu fosse listar somente as coisas mais relevantes das quais me fizeram uma pessoa mais experiente esse ano - e olha que eu gostaria bastante disso - daria um capítulo de livro, dos interessantes eu diria.
Sempre tenho começado e apagado muitas frases dos textos que são formados na minha cabeça quando estou na rua, vivendo a vida sabe? Colecionando experiências ou buscando mais conhecimento nesse caos. Realidade seja dita, eu sempre quero escrever sobre as pessoas medíocres e imbecis que povoam a maior parte do mundo, ocupando um lugar no espaço com sua imensa insignificância, mas talvez, com um certo de medo de parecer um monstro ser humano do avesso, aquelas pessoas  totalmente do contra(e sim, eu sou), eu acabo escrevendo sobre o vento, a chuva ou até mesmo sobre mim, o que não é lá, nada interessante. O que acontece é que as coisas ficam sem nexo, porque o que eu quero mesmo dizer acaba ficando escondido nas entrelinhas e hora ou outra eu tenho que apagar um palavrão e transformá-lo em um foram felizes para sempre.
Tentando deixar esse assunto nada descomplicado pra lá, esse ano não teve quase nada de feliz. Estive mau humorada na maior parte dos dias e fui um peso gigante, esse ano fui um peso de papel, bem estilo Joseph Climber. E não, não quero falar sobre isso agora. 
Na verdade só queria dar boas-vindas para o fim do mundo e duvido muito que ele queira ficar conosco. Quando der por si ele perceberá que é um usurpador, porque o fim do mundo já começou faz tempo.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Puramente fictício

"Era um dia frio. O verão tinha partido completamente, e o inverno, desrespeitando a presença do outono, já demonstrava seus primeiros indícios. Contrastando com a paisagem cinza e monótona, os pedestres iam e vinham pelas ruas, usando roupas coloridas e felpudas. Eu andava, sem rumo, apenas porque não queria ficar em casa. Sentei em um banco de praça, e comecei a exercer meu passatempo favorito: observar as pessoas. Um casal adolescente passeava de mãos dadas, e eu quase pude ver a bolha que os isolava do resto do mundo. Senti uma pontinha de inveja... Há muito eu não me apaixonava! Ignorando os pensamentos desagradáveis, comecei a escrever mentalmente uma história para a jovem ruiva elegante e para o rapaz de olhos verdes, que usava óculos. Eles se casariam, ela seria professora de ballet e ele engenheiro químico. Teriam dois filhos...
Repentinamente, uma gota d’água gorda e gelada interrompe meus devaneios. Começara a chover. Os jovens enamorados, sem nem imaginarem que preencheram a mente de um estranho por alguns minutos, correram a fim de se protegerem da chuva, e eu tomei a mesma decisão. As pessoas de roupas coloridas abriam guarda-chuvas berrantes, em uma tentativa de quebrar a melancolia que caía do céu. Corri para dentro de um café e sentei em uma mesinha aconchegante. Pedi à garçonete sorridente um cappuccino com chantilly e uma tortinha de chocolate, e percebi que ela me fitava com certo interesse. Eu já estava acostumado com o assédio feminino, embora não o compreendesse. O que as mulheres achavam de tão interessante em um brutamonte de 1,90 m com espessa barba e revoltos cabelos loiros? Talvez elas gostassem da suavidade de meus olhos azuis, que se diferenciavam completamente de todo o resto. [...]"
Autobiografia anônima interminada

domingo, 25 de novembro de 2012

Talvez, com o tempo...

''Um dia você vai se lembrar de mim. Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar. Talvez, até tente o meu, mas até lá posso não querer mais te atender ou talvez nem seja mais meu aquele número. Você vai tentar chamar alguém, mas não vai haver ninguém pra sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundo, quando seus pés perderem o chão, você vai lembrar do meu carinho e do meu sorriso infantil. Virão súbitas memórias gostosas dos meus beijos e abraços, da minha preocupação quando você saía e esquecia de pegar a blusa de frio… E só terá uma música repetindo no seu rádio: a nossa doce sinfonia. Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração, e vai torcer bem forte para ter o nosso mundinho de volta, mundinho difícil, mas cheio de amor e carinho. Vai ouvir a chuva cair e vai sentir um imenso vazio por não ter um grande amor pra compartilhar esse momento. Não terá alguém para brincar de se jogar na grama nos dias ensolarados, nem para admirar o pôr-do-sol sobre a ponte da pequena cidade. Talvez, nem consiga mais sentir o frescor do vento. O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre. E quando você finalmente bater na minha porta, ela estará trancada, ou se aberta, mostrará uma casa vazia. Seus olhos te ensinarão o que são lágrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. E você vai lembrar dos carinhos nas costas pra você dormir, dos paninhos quentes pra aliviar sua dor de madrugada, da minha inocência que ria de tudo que você falava, do meu jeito bobo, do meu jeito de tentar te fazer feliz… O nome do enjoo que você vai sentir é arrependimento, e a falta de fome será a tristeza, a mesma que eu senti por tanto tempo. Um dia você irá se deitar, e quando olhar para o teto do quarto escuro, vai se lembrar que as estrelas poderiam estar lá, para iluminar todas as suas noites frias. Mas tudo o que você verá é a escuridão. Então quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com os meus olhos encantados… você encontrará a solidão. E você vai ver que diante de tudo isso, alguns dos meus defeitos poderiam ter sido perdoáveis. A partir daí, o que acontecerá chama-se surpresa. E provavelmente o remédio para todas essas sensações… é o tal do tempo em que você tanto falava!''

terça-feira, 20 de novembro de 2012

E que seja recíproco.

Se apaixone por alguém que te faça cócegas. Se apaixone por alguém que toque violão para você quando estão sozinhos. Se apaixone por alguém que te compreenda mesmo na sua loucura. Se apaixone por aquela pessoa que cozinha para você aos sábados. Se apaixone por quem segura sua mão todas as vezes que estão caminhando. Se apaixone por alguém engraçado, bom de papo, piadista. Se apaixone por alguém que te escreva e descreva. Se apaixone por alguém que te conheça bem. Se apaixone por alguém que sorri sem jeito quando olha seu rosto. Se apaixone por quem os olhos brilhem quando te vê de longe. Se apaixone por alguém que tenha prazer de passar as tardes ao seu lado fazendo nada. Se apaixone por alguém que vê além do que você aparenta. Se apaixone por alguém que te ajude e te guie, que seja seu apoio. Se apaixone por quem volta para conversar com você após uma briga. Se apaixone por alguém que esteja sempre disposto a te ouvir. Se apaixone por aquela pessoa companheira, que sinta sua falta após poucos minutos longe de você. Não se apaixone apenas por um corpo, por um rosto bonito, ou pela simples conveniência de estar apaixonado. Se apaixone de verdade, se apaixone muito. Se apaixone todos os dias. Se entregue.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

sábado, 27 de outubro de 2012

Significado

Sabe aquele sono perdido e que eu havia saído para procurar? Pois eu não o encontrei. Mas vou me quietar, hora ou outra ele terá de vir. Para calar minhas vozes interiores, para afastar meus pensamentos mais infames, para meu refúgio, para esquecer meus insanos devaneios, para acalmar minhas lembranças agitadas, para qualquer coisa que seja.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Seja mal-vindo, outubro

O que me faz sobreviver ao caos que minha vida se tornou nos últimos meses é colocar meus fones de ouvido e fechar os olhos. Várias doses de inspiração profunda e muitas páginas de um bom livro.

domingo, 30 de setembro de 2012

Um baseado e um café

"- Você é incrível - diz ele, inclinando-se e me dando um beijo. Eu tinha me esquecido do quanto é bom beijar quando você está chapado. Surge uma onda surpreendente de calor que se espalha pelo meu vestido, engole meu peito e o alto das minhas coxas, como lava incandescente, me fazendo cruzar os braços bem apertado e corar de tanto desejo. Será que ele nota? Eu abro os olhos. Ele está me olhando. Acho que se ele não me tocar, eu vou pular em cima dele. Ele sorri e me beija novamente, puxando levemente o lábio inferior, depois me afasta outra vez, me deixando a ponto de quase implorar. Como ele pode? Será que ele não percebe que estou me esforçando para manter minha compostura, fingindo que o que está acontecendo com meu corpo não está acontecendo, que posso desligar os ímpetos frenéticos que chamuscam a minha pele toda vez que ele me toca? Ora, vamos, eu penso, desesperada, torcendo para que eu não tenha aquela expressão predadora, meio enlouquecida, que uma pessoa tem nos olhos, quando quer muito aquilo. 
Calma, você está doidona."

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O que eu digo quando não digo

'- Sabe o que eu notei sobre você? - Ihiii. - Há muita coisa que você não diz, quando diz alguma coisa. Eu me pego me esforçando para ouvir suas palavras não ditas.
Eu olho abaixo, para meu copo de vinho, para que ele não veja a onda de constrangimento. É verdade. Fico relutante em despejar tudo, mas que bom que ele esteja interessado até mesmo no que eu não estou dizendo.'

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Elephant Gun

Eu realmente quero ir embora daqui. Ou pelo menos queria, não sei qual tempo verbal mais adequado para usar. Eu achei que em pouco tempo as coisas fossem melhorar, ou pelo menos irem se encaixando, mas já passou tempo demais e tá tudo a mesma merda coisa. Sinto falta de morar sozinha novamente, só eu e minhas músicas. Na verdade eu não sei porquê eu voltei. A vida solitária não é a melhor coisa do mundo, claro, mas as coisas não estão bem aqui também. Eu voltei a morar com a minha família e quer saber? A gente briga o tempo todo. Eu tenho estado mal humorada desde sempre e o estilo de vida aqui não é propício para melhores humores. O certo seria que, quando você sai de casa de mala e cuia, você não volte mais. E agora eu sei que isso realmente é verdade. Essa cidade é péssima (ainda acho que tem uma cabeça de bode enterrada em algum lugar por aqui), a falta de lazer me entedia, o mercado de trabalho está desastroso e os dias nesse lugar vão me deixando cada vez mais nervosa. Eu não visito mais meus antigos amigos. Mal tenho vivido de aparências e exercícios físicos. Realidade seja vista e dita, esse local cheira a veneno. Cheio de pessoas superficiais e sociais irritantes. E é contagioso. Quanto mais tempo passo aqui mais me vejo parecida com isso. E eu não era assim, droga, eu não era. Essa cidade me deixa fútil e superficial também. O que ainda me prende nesse lugar eu não sei, e nem queria ter tempo para descobrir e desistir.
Sabe o que acontece aqui? Você se acomoda. Você acostuma a levar uma vidinha mais ou menos, você se cansa do nada e se entrega ao tédio. No final do dia são lençóis amarrotados, cigarros apagados, latas de cerveja chutadas e lingeries espalhadas por debaixo da cama.  Eu preciso respirar ares novos. Conhecer pessoas diferentes. Beber outros drinques, ficar chapada. Quero um lugar onde eu possa e tenha entusiasmo de fazer planos. Onde o futuro não é tão distante. Onde eu possa ser mais eu mesma.
Minha identidade foi se dissipando e está quase desmanchando. Porque isso já está ficando tóxico e se alguma atitude não for tomada, eu vou acabar me perdendo por aí...

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Exorcizando vícios

(...)
"- O problema - ele continua - é que nada expande tanto a mente, nem é tão exuberante quanto inalar e exalar com fumaça. Tentei dizer isso a diversos iogues, mas, de alguma forma, eles não engoliram. O que é compreensível.
- Você está brincando, não é? - eu pergunto.
- Bem, sim e não. Parar de fuma é como se resignar a uma eterna sensação de anseio sem qualquer libertação. Seus sentidos ficam de tocaia o tempo todo, atacando quando você menos espera. Surge um determinado cheiro, um gosto, até uma passagem num livro, ou até, digamos, aquelas malditas borboletas que nós vimos, aquele dia, na mostra. Deus, eu quis muito um cigarro, depois daquilo. Eu não sei, você se sente tão desanimado. Nunca realmente inteiro.
- Com o amor - eu digo, subitamente. - Não é assim?
- Sim, exatamente. Como o amor - diz ele."

domingo, 9 de setembro de 2012

Abre aspas


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Welcome September


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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Implicâncias contidas de ambientes indesejáveis

Eu acho que salão de beleza é o seguinte: umas amam, outras odeiam. Bem categórico mesmo. Eu detesto. Preferia fazer tudo em casa, embora isso não seja tão possível. Claro que, de uns anos pra cá eu tenho ficado cada vez mais vaidosa, sempre maquiada e de cabelo arrumado, mas a verdade é que nunca gostei de salão de beleza. Faço o possível pra passar o maior tempo sem ter que ir a um. Até pouco tempo achava futilidade total, como hipster totalitária que eu era, gostava de tudo no mais natural possível, e eu tinha aquela impressão horrorosa de que salão de beleza te mascarava e te deixava 'falsificada'. Além dos assuntos terribles de todas as mulheres presentes, sim, os assuntos mais fúteis que você puder imaginar estão nessa roda, sem lembrar que todo mundo fica olhando pra você, como seu cabelo tá seboso ou suas unhas horrendas, e você se sente o monstro do lago Ness. Mas o mais medonho em salão de beleza pra mim são as dores que se tem de passar até ficar linda. É um sofrimento dos infernos pinçar sobrancelhas, retocar a raiz (porque ninguém penteia suas madeixas tão bem quanto você mesma), depilar? É o fim do universo doloroso. Salão de beleza é isso: você deitada na maca quase chorando de dor, enquanto as outras mulheres perto de você estão naquele papo superpop. Caramba, eu conto os minutos pra sair de um salão de beleza até hoje, tipo: ufa! que alívio, vou logo embora daqui.
Todavia, salão de beleza é um mal necessário. Eleva (e muito) nossa auto estima. A gente sofre, mas ficamos lindas. Hoje é um dia desses pra mim, de 'tortura prazerosa', lá vou eu pro salão... Me desejem sorte, hehehe. 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Em pequenas doses

Meu cabelo está crescendo e isso é um sinal de que o tempo está passando. Continuo odiando atender o telefone e ir no supermercado sozinha, mas sei que nos últimos meses mudei bastante. Tenho me parecido cada vez mais com aquela pessoa que sempre tive vontade de ser, a protagonista dos meus textos prediletos. Menos menininha vintage. Mais mulher, mais eu. Todo mundo assusta quando me vê pessoalmente. Me imaginam mais alta. Me imaginam mais boba. Não sou assim. Acho que tem a ver com os tombos que levei. Depois de umas desilusões entendi finalmente, que o amor é um sentimento que na verdade serve como espécie de combustível. Cada vez mais caro. Cada vez mais raro. Mas sempre necessário. Acho que todo mundo precisa de um tempo sozinho pra descobrir certas coisas.

Por que todo texto meu tem que, no começo, meio ou final, falar de amor? Droga.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Do outro lado tem segredos

Eu sei que já estou um pouco grandinha para tantas indecisões, mas o medo não escolhe idade, e inseguranças vem e vão. Minha falta de perspectiva acabou nos afetando da pior forma possível, e agora nos encontramos, ambos desgastados pelas escolhas que não foram feitas; por mim, também sei. Mas é claro que ainda não me imagino sem você do meu lado, se você some o futuro fica meio borrado e é impossível de enxergar, porque você é a nitidez. Sempre achei isso comum demais para nós, mas os dias têm ficado cada vez menos coloridos, menos sem gosto. E não, de maneira alguma a culpa é sua, fui perdendo o controle do encanto e deixando essas coisas triviais entrarem no nosso caminho, sem saber que iria tanto me afligir. Tá certo, eu sou como uma bola de neve, quando as coisas já não estão bem eu tenho uma tendência a piorá-las, e como se não bastasse fui buscar o passado para atrapalhar ainda mais nosso futuro, mas será que fui buscá-lo ou ele já estava aqui, me seguindo como uma sombra negra? Tenho tentado procurar significado nos meu devaneios, juro que tenho, mas o que encontro nunca é algo positivo. Penso como se fosse um sinal me alertando a diminuir o passo, a firmar mais a mente naquilo que pareço não estar enxergando bem. Já tem um tempo que eu guardo isso só para mim, e vão virando segredos obscuros nas entrelinhas, me deixando sob um leve frenesi. Eu odeio não saber o que fazer disso tudo, odeio essa fronteira em que estou parada e já faz tempo. E como você não merece a minha indecisão, eu acabo me forçando a escolher precipitadamente o incerto. O meu medo, sempre, é de estar errada.
Cá estou, como sempre, deixando as palavras saírem de minha cabeça, totalmente sem nexo. Mas retrata bem, o presente, já que está realmente tudo fora de ordem. 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mais playlist

Essa semana tem sido bastante corrida e minha inspiração pra escrever fica distante. Mas resolvi fazer mais uma playlist. Não sei como a classificaria, tá bem aleatório mesmo.
Vou começar com We Use To Wait do Arcade Fire, na minha opinião é a melhor música do último disco deles, The Suburbs.
Uma música que não poderia faltar nessa lista é What You Know do Two Door Cinema Club. Quando ouvi essa banda foi amor 'à primeira ouvida', vício completo e enfim, essa música é o toque do meu celular.
Ninguém deveria deixar de ouvir Like a Drug do Queens of the Stone Age, que é mais antiga, de 2005, e assim, não é uma música para qualquer ouvido, mas vale muito a pena.
Tenho ouvido muito também a banda baiana Vivendo do Ócio, que eu adoro, por isso vou incluir aqui a música que mais gosto do último álbum deles, O Mais Clichê.
Para finalizar, outra mais recente também, é Girl Gone Wild, do álbum MDNA, da Madonna. O que vou dizer? Sou fã mesmo.
Enfim, é isso. Escolhi essas músicas a dedo, e pra quem gosta de música boa assim como eu, vai gostar, com certeza.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Sem mais para descrever.

"Liberdade na vida é ter um amor para se prender."



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

LOL

Ensinamentos de Hank Moody. Concordo total e plenamente.
(...)
"- Qual sua última obsessão?
- O fato de as pessoas estarem ficando mais burras.
   Sabe, temos toda essa tecnologia... e os computadores tornaram-se máquinas de masturbação. A internet era para nos libertar, democratizar... mas só nos deu candidatura abortada de Howard Dean e acesso 24 horas a pornografia infantil. As pessoas não escrevem mais, fazem blogs. Em vez de conversar, teclam. Sem pontuação, sem gramática, "LOL", "LMFAO"... Parece-me um monte de gente burra, que acham que se comunicam com mais um monte de burros, numa língua que mais parece a das cavernas do que com o inglês real.
   Você é parte do problema, está lá, blogando com todos. Ou seja, meu auto-ódio."

Californication, episódio 5, temporada 1.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Seguindo essa vibe de religiosidades

Outro dia estávamos numa das chopperias do shopping, minha irmã e eu, a Pri do Crises e Surtos, ligeiramente bêbabas, rindo asneiras e falando mal dos outros que passavam por ali, quando ela disse: -Imagino que Deus está lá em cima olhando a gente... Daí eu disse: -Sempre imaginei Deus como a imagem do Zeus (pai do Hércules do desenho) musculosíssimo, cabeleira e aquela barba gigante branca. Ambas rimos (eu quase cuspi a golada de chopp). Quando ela novamente disse: -Eu não tinha terminado, imagino que Deus está lá em cima olhando a gente, sentado numa poltrona vermelha com os pés pra cima, comendo pipoca e morrendo de rir da vida aqui embaixo.

sábado, 28 de julho de 2012

Quase verdade

'Quando eu era criança, as aulas de catecismo eram sobre Deus e Satã, os doze Apóstolos, os Dez Mandamentos e os Sete pecados Capitais. O mundo, segundo os conhecimentos, é ordenado e administrável, com centenas de leis e punições metodicamente organizadas segundo a gravidade da transgressão. Não parecia haver áreas neutras, quando se trata de pecado - apenas uma paisagem inflexível de dor e punições excruciantes, ou recompensas celestiais, dependendo do caminho que você tomasse.
Eu me lembro da professora batendo com o giz no quadro, enquanto repetia uma porção de coisas que tu não farás. Não matarás. Não roubarás. Não cometerá adultério. Negativo, negativo. A vida é tão mais complicada que isso. E, francamente, mesmo uma criança tímida e sincera de jardim de infância, nunca me identifiquei muito com o assunto em questão. 
Eu acreditava em Deus de maneira genérica, mas não como uma danação eterna. Se você cometesse, de fato, um pecado, claro, haveria consequências, mas, no fundo, eu sabia que Deus jamais ficaria olhando alguém sendo cozido em caldeirões de óleo ou torrado na brasa, como estava dizendo aquele canal religioso, num domingo, quando eu estava doente e não pude ir a igreja.'

terça-feira, 24 de julho de 2012

Sobre idas e vindas

'Aqui na casa dos meus pais as manhãs são invariavelmente frias. Essa cidade é fria, não só em termos de condições climáticas sempre tendenciosas ao inverno o ano todo, mas também em termos de emoções. Com exceção de minha casa, meu hospício preferido, onde todas as emoções, boas e más, estão à flor da pele cotidianamente.'
Depois de meses vivendo em família, depois de um tempo vivendo longe dessa concepção real do que é viver em família, por incrível que pareça, sinto como se tivesse voltado há uns dez anos no mínimo. Isso resulta em uma vontade que vai e volta de ir embora de novo. Apesar de também pensar continuamente no fato de que posso mesmo nunca mais conseguir viver sem eles por perto.

sábado, 21 de julho de 2012

01:35

Eu tenho essa paixão peculiar pela madrugada. Esse silêncio ensurdecedor, a escuridão tão negra acompanhada por toda essa calmaria. O barulho do vento gelado encostando na janela, o sereno caindo sobre as ruas tão desertas, e os grilos que viram protagonistas fazendo as noites parecerem ainda mais charmosas. 
A madrugada me lembra vários tocos de cigarros espalhados pelo chão e uma garrafa de vinho vazia abandonada no carpete. É quando se consegue ouvir vozes interiores, gritantes, falando absurdos, te enchendo de tentações e vontades loucas. Fico meio grogue, uma cena bizarra, a madrugada é uma droga, como maconha, tóxica, alucinante. A madrugada é alucinante. É encantadora. É um fraco meu. Confissões à parte, as inspirações ficam no auge durante noites mal dormidas, noites de insônia. Tenho sempre uma tendência a escrever durante as madrugadas. E tenho de ser muito cuidadosa com isso. Porque é durante ela, durante as madrugadas, que as vozes na minha cabeça, aquelas que seguro tanto caladas, encarceradas, são essas vozes, que escrevem por mim.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Porque hoje eu só quis saber das coisas fúteis.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Um pedaço da minha nada-mole vida

Coisa mais prazerosa do mundo é estar com minhas irmãs, de férias, acordando ao meio-dia e passando o resto dele de pijama, meia e havaianas. Melhor do que isso só mesmo quando meu namorado está de folga e podemos passear no shopping em plena quarta-feira, comer um sanduíche light, com suco light e salada de 57 kcal do Bobs, a dieta que me julgue. E compras? Vamos admitir meninas, é tudo-de-bom, ainda mais com a Marisa e a Pinkbiju em promoção (omg), me imaginem verycrazy de um lado para o outro. Assim tem sido os meus últimos dias, regados à cappuccino quente, muito cobertor, seriado, risadas e abraços. Dias assim demoram pra acontecer e passam muito rápido. Por isso tenho aproveitado cada momento desses dias de inverno, porque cada momento que a gente vive realmente é único, e dá saudade pro resto da vida.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Caindo como luva

Hoje ocorreu-me algo estranho. Talvez por tantas transações que tenho passado. Essa frase do Nietzsche pairou sobre meus olhos, que leram calmamente, me fazendo suspirar lentamente.

"Viver com as pessoas é muito difícil, por que calar é muito difícil."

quinta-feira, 5 de julho de 2012

É para ser uma playlist

Já vi muita gente postando playlists, inclusive vários dos blogs que eu sigo têm esse costume, então resolvi fazer minha própria playlist. Pensei em quais critérios usar para escolher as músicas, tipo: músicas mais recentes? preferidas? top five? Não sei, então tem um pouco de cada coisa. Não vou colocar os videoclipes das respectivas músicas aqui, igual o pessoal faz, até mesmo porquê quem quiser ver, vai lá no Youtube e digita. Simples.
A primeira é do Gotye- Somebody That I Used To Know, que inclusive conheci através de uma playslit num blog que eu sigo. Baixei o disco imediatamente e essa música já virou uma das minhas preferidas.
A segunda é Only If For A Night da Florence+ the Machine. Essa música é do álbum Ceremonials de 2011 e assim, não tenho o que dizer, é incrível.
É uma surpresa pra mim incluir aqui uma música do Maroon Five, que eu não ouvia muito. É a primeira vez que baixo um disco deles, e baixei o mais recente, que saiu do forno agora, mês passado, e eu adorei a música One More Night.
A quarta é de uma banda que eu simplesmente não consigo parar de ouvir, Foster the People, que tem somente um disco e já é uma das minhas bandas favoritas, e Houdini é a música que mais ouço deles.
Para finalizar, He Can Only Hold Her, da minha diva Amy Winehouse. Não é nova, mas todo mundo devia ouvir. Sinto falta da Amy todos os dias.

Enfim, de começo é isso. Tinha colocado outras músicas nessa playlist, mas ficaria muito grande, daí resolvi dividir. Gostei do resultado.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Para julho, o meu apreço

E julho começou sem polpar no frio. Suspeita eu pra falar do inverno? Imagina. Eu adoro frio, adoro botas, cachecol, cappuccino... Estou com uma boa sensação para esse mês que já começou produtivo. Julho tem um quê de segundo reveillon, não? Eu sei que parece meio crazy isso, mas com a passagem de semestre, dá uma sensação de segundas promessas, coisas do tipo: no segundo semestre vou fazer uma pós-graduação (créditos totais para mim neste exemplo). É meio que por aí mesmo, nessa linha. Eu estou mais organizada também, baixando mais discos, colocando os seriados em dia (isso vai demorar um pouco), programando uma viagem (que se Deus quiser vai sair em setembro ou outubro), jogando umas lembranças fora, preciso de mais espaço nas minhas gavetas, não me julgue. Julho tem um charme pra mim, além desse inverno estonteante de gostoso, o pessoal costuma tirar mini-férias (não me inclua), daí dá pra ficar todo mundo mais junto e fazer sei lá, qualquer coisa. E tem aquela coisa de meio-de-ano que a gente começa a fazer um pré-balanço do ano: se tá indo tudo bem no trabalho, se aquelas promessas do final do ano passado estão se cumprindo e caso não estejam, julho ajuda a dar uma reforçada e um puxão de orelha do tipo: ei, já estamos na metade do ano e você ainda não cumpriu aquela promessa... bla bla bla. E julho tem ainda aquela coisa de passagem de estação, de início de ano, para fim de ano, porque parece que de agora pra frente tudo é pensado como já-estamos-no-fim-do-ano.
Enfim, sem neuras, eu gosto de você senhor mês de julho, então chega mais, vamos cumprir as promessas que ainda não foram realizadas, confesso que não lembro de metade, mas e daí? A gente faz outras : )

terça-feira, 26 de junho de 2012

Mais uma primavera

Eu confesso que acho essa coisa de aniversário meio clichê. Com a criação das redes sociais ficou ainda mais fácil para essas pessoas "se livrarem" de dar os parabéns, é algo rápido, você digita qualquer coisa e clica em enviar. Pronto, você já fez sua parte. 
Polêmicas à parte sobre redes sociais+aniversários, eu estou feliz. Quase completa. Acho que estou numa idade linda, vivendo momentos únicos, me realizando aos poucos. Compraram mais uma velhinha pro meu bolo, mas não me sinto mais velha, e sim mais madura e experiente. Já dizia Shakespeare. 
Enfim, o que pedir antes de soprar? Consigo pensar em tantas coisas, detalhes, algo pra fazer realmente a diferença. Não sei, eu quero viver muitos anos, ter uma saúde de ferro, sucesso profissional, me realizar amorosamente, emagrecer uns quilogramas, ser menos sedentária, estar sempre ao lado das pessoas que eu gosto... ah, é isso e mais um pouco. Mas antes dos pedidos e de soprar as velinhas, quero agradecer. Por mais um ano de vida, alegrias, choros, amadurecimento, grandes experiências, agradecer às inúmeras gargalhadas, aos abraços apertados, às críticas construtivas, aos chocolates ingeridos, a todas as coisas positivas que aconteceram e que me marcaram... Que venha mais um ano. Que venha muitos anos, pois estou cheia de vontade de viver!

sábado, 23 de junho de 2012

Ei, por favor, não leve nada muito a sério por aqui...

90% é ficção, 9% inspiração de terceiros e 1% realidade minha.

Obs. 1: Sabe-se lá a qual porcentagem esse post pertence.
Obs. 2: Visto minha habilidade matemática, a conta pode não ser exatamente essa.
Sem mais.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Falando em autodefinição...

Eis que surge esse meio-texto da famosa Tati Bernardi, um tanto quanto clichê, daqueles que todas pensam 'isso foi feito para mim', mas apropriado, simpatize-se:
Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.Sou isso hoje…
Amanhã, já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim. Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina… E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar… Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil…e choro também.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dramas, mode: on.

Ela observava as gotas de chuva caírem sobre o vidro da janela lateral do carro, com a mão repousada no queixo e o cotovelo fletido, enquanto ele dirigia calmamente por ruas desertas. Então ele foi diminuindo a velocidade para estacionar o carro, rodou a chave e puxou o freio de mão. E aí ela já sabia: ele queria conversar. Os dois estavam em silêncio desde saírem do jantar, ambos levemente embriagados. Ele baixou o volume da música e ela não gostou. Se posicionou de forma a parecer confortável e olhou para ela, calmo.  Ela retribuiu o olhar, com medo, esperando que ele começasse, estava um tanto cansada de sempre ter que ser aquela que iniciava o assunto. Por hora, ele nada disse, mas continuou fitando-a com rosto inexpressivo. Foi quando ela suspirou, impaciente, deixando claro que as coisas não iam bem. De uma forma sempre neurótica ela buscava explicações de como o relacionamento parecia fluir e hora e meia voltava e parava no mesmo lugar. Aqueles jantares que frequentemente eram prazerosos estavam se tornando tortura. Um jeito forçado de socializar o romance publicamente. 'Talvez é por isso que sempre saímos bêbados dos lugares' ela pensou, porque não havia mais conversa, mais sorrisos, eles comiam e bebiam em silêncio. Ela super produzida, se vestia para quem? O olhar dele distante, nos carros que passavam do lado de fora do restaurante, quem sabe. Seus devaneios já estavam distantes quando ele resolveu perguntar: O que está acontecendo com você? Com a gente? Por alguns minutos ela permaneceu em silêncio, sem conseguir digerir a pergunta. Então, voltou o olhar de encontro ao dele, aquele par de olhos infinitamente verdes, calmo, cansado, meio frustrado até. E só conseguiu dizer: Eu ainda te amo. Com ênfase em ainda. O silêncio retornou e dessa vez ele quem suspirou, profundo. Eles sabiam que volta e meia as coisas desandavam, todo relacionamento tem seus altos e baixos, refletiam. Nem tudo são rosas e vinho tinto, nem sempre na verdade. Mas eles ainda estavam ali, um pro outro. Olhares que confessavam tudo que a boca escondia. Porque ambos sabiam, que a vida, na realidade é isso, altos e baixos, dificuldades e frustrações, neuras e dramas. Mas que aquele chamado de amor, deveria superar, pois só então estaria completo e só assim a chamada felicidade ficaria de vez na vida deles.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Falando em distrações

Eu detesto televisão. Quando ligo, é para distrair da solidão. Dar aquela sensação de companhia, perdida desde então.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Torto por linhas certas

'Todo mundo sabe qual é a coisa certa a se fazer. Ela geralmente se resume a respeitar a si mesma e enxergar o óbvio. (...)
Mas quem disse que a gente se resolve com isso? E a esperança, aquela que não morre nem com reza brava, onde fica? E aquele milagre que amamos esperar? Isso tudo leva a uma vontade danada de não resolver nada - falta o bom-senso para tomar a atitude certa e a coragem para fazer a coisa errada. O problema é que não resolver nada, freia - faz baliza e estaciona - nossa vida.
Existem coisas que são meio camicase, mas acho sinceramente que, quando não conseguimos de jeito nenhum fazer a coisa certa (e quase nunca acertamos de primeira), o melhor é fazer a errada, aquele erro total e absoluto mesmo! Só que sem a esperança de que algo vá mudar. A ideia é tentar mais uma vez com a consciência de que vai quebrar a cara. Passar um batonzão vermelho, se olhar no espelho e dizer: vou ali me estrepar. E voltar arrasada. Mas com aquela raiva (de si mesma) que dá combustível para finalmente encontrar o rumo.
Pode parecer sádico, mas fazendo o errado a gente se resolve melhor do que não fazendo nada. Sofre tudo para depois abrir espaço para as alegrias - e não fica presa à vida morna, mais ou menos. Não sei, mas eu prefiro - em qualquer aspecto de vida - um "não" cruelmente sincero ao consolo paralisante de um "talvez" infinito.'

domingo, 20 de maio de 2012

Abre aspas

- Estive em tantos lugares no mundo, mas nunca em um tão lindo como esse.
- Eu estive. Todos os dias. Todas as manhãs que acordo e olho pra você, quando nós escovamos os dentes juntos. Quando assistimos tevê juntos. Qualquer coisa, sempre, toda vez que te olho, é o lugar mais lindo que já estive.

(Chuck versus the balcony, episódio 11, temporada quatro)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Para qualquer lugar

E depois de hesitar por um pequeno instante eu disse: sim. Sim, vamos fugir daqui. É realmente isso que estamos precisando. Ir pra longe, só nos dois. Juntar o útil ao agradável. A oportunidade é essa, então eu aceitei agarrá-la. Porque é preciso. 
Deixamos o comodismo falar mais alto nas últimas semanas, gerando outros problemas rotineiros e brigas corriqueiras. E culpando a agenda e compromissos os quais nos deixavam com o nível de estresse elevado, viramos vítimas de um relacionamento mal interpretado, gelado e despencado na rotina. A confiança que levamos semestres para alcançar está se deixando levar por disparates, vindas de telefones, internet ou mesmo de qualquer lugar. A cumplicidade foi afetada e as coisas foram saindo do nosso controle tático. 
O que mais deveríamos fazer? Fingir que nada estava acontecendo? ... Eis que agora surge uma luz, ou melhor uma sugestão feita por você, um pedido peculiar a lá excitante, uma ideia incerta e arriscada, vinda de alguém tão racional.
Pois sim, eu vou. Vamos fugir pela manhã, antes da neblina baixar.
Essa fuga vai nos ajudar a espairecer, esfriar, e quem sabe, aquecer novamente.

domingo, 13 de maio de 2012

Define-se nota do dia.

Música sempre foi um dos meus analgésicos favoritos.

sábado, 12 de maio de 2012

Tensão

Descobri recentemente que sofro do mal da tpm. E digo recentemente porque nunca havia associado o mal ao momento. Um stress dominante, um drama sem fim. Melancolia progressiva. É (quase) assim que eu fico. E tenho feito estragos. Na verdade, paciência nunca foi muito meu forte, nesses dias eu fico uma pilha. Mas passa. Como tudo passa. Fica algumas manchas, umas mágoas ou brigas mal resolvidas provenientes do meu estado semi-catastrófico. Mas passa, eu juro. E sei que em dias assim, melhor ficar quieta, no meu canto, sem gritar ou criticar. Esperar que passe e volte tudo ao normal. Ao meu normal.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Eu só tenho pensado que

Não interessa de onde você veio, nem com quem você está. Eu gostei de você e é aqui que eu quero ficar.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Deixa, vai?

Afrouxe a gravata. Tire esse terno amassado. Esfrie a cabeça num banho quente. Feche a janela e apague as luzes. Deixa esse frio aquecer nossa cama. Traga um chocolate quente e deite aqui do meu lado. Troque seu par de meias pelos meus pés. Deixa essa televisão, e coloque uma música, de mansinho. Crie um clima. Deixe o mundo acabar, e vamos dançar.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A colecionadora de palavras

Dizem que eu sigo um tabu de que: quando estou estressada, revoltada e afins, minha inspiração para a escrita cresce. De fato seja isso verdade, hoje é um desses dias de estresse e tpm. Só não sei se estou na veia boa para escrever como de costume, nessa 'época'. Além de me enterrar em um porre literário vez ou outra, tenho praticado mais a teoria de ficar trancada no quarto com meus fones de ouvido e seriados variados. Tenho sofrido de crises existenciais, dramas in, neuroses inúteis (coisas de praxe, digamos). Eu não venho aqui pra reclamar disso, sério seja, classifico mais como desabafo. Os livros que tenho lido, os seriados que tenho visto e as músicas que tenho ouvido não estão me ajudando muito a melhorar, ás vezes ajudam a afundar mais as mágoas, embora me façam pensar em uma maneira de sair da fossa e engloba-se o: pensar em tudo. Principalmente no quanto tenho sido chata, grossa e ausente com aquelas pessoas que eu gosto. É verdade que, em dias assim, prefiro ficar no purple room, cercada de folhas brancas, canetas e taças de vinho. Porém, eu tenho colecionado palavras, aquelas que eu não tenho coragem de usar...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Fazendo as contas

'Um coração partido dura o tempo que você desejar que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir...'

segunda-feira, 30 de abril de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Feridas

Era como uma ferida que nunca sarava... E não sarava porque sempre que a casquinha ameaçava ficar firme ela arrancava uns pedacinhos deixando-a em carne viva novamente. Um dia, cansada desse processo chato de quase dura/quase cura, no primeiro pedacinho arrancado cuidou logo de proteger com band-aid, dificultando assim a retirada precoce da casquinha. E depois de mais alguns band-aid's veio a satisfação de ver a pele novinha sem sinal da ferida velha e triste que havia ali. Fim.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Subconsciente

Ouvir algo mais melancólico do tipo Nickelback? Não, você está fazendo isso errado. Não vou te deixar entrar nessa vibe dramática e pegajosa cheia de idas sem-vindas. Acho que chegou a hora de começar a praticar o desapego. Voltar a confiar nas pessoas tem sido algo extremamente difícil para você e eu sei, você está se doando novamente. Cautela nunca foi muito seu forte, e você é dessas que pula sem saber onde vai cair. As últimas notícias (aquelas que você não estava nem um pouco preparada para ouvir) fazem sua vida virar uma história de novela. E daquelas que se repetem inúmeras vezes. Não tem jeito, você é transparente demais, e quando se trata de quem você gosta a coisa é realmente delicada. Mas você vai ter de ser forte, inspire, expire e suspire. Levanta daí e melhora essa cara, você é linda, inteligente e vai saber usar disso. E vou estar sempre aqui, por você e pra você.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Às vezes, a vida tem um sentido desigual, nunca pensei que o meu bem, fosse a causa do meu mal.

sábado, 21 de abril de 2012

O que vai ser?

Eu acendo um cigarro ao som de Bod Dylan juntamente com seu estereótipo de cara politicamente correto. Assovio fumaça e você faz aquela senhora cara de desaprovação, vira o rosto, balança negativamente a cabeça, franze a testa. Eu não faço seu tipo não é mesmo? Não sou quem você quer e você já me assumiu isso vez ou outra durante nossas intermináveis brigas. Não tenho praticado a escrita e estou um bocado enferrujada, sim. As palavras se tornam desconexas e escorrem pelas minhas mãos como sangue percorrendo vasos sanguíneos. O meu jeito nem-aí te irrita, minha vontade de brincar de faz-de-conta te faz recuar atônito como se o que eu pedisse fosse absurdo. Mas eu sempre quis o absurdo e isso você não vai me dar. E o que eu não posso mais te dar é o meu tempo, enquanto isso a vida está passando e me fazendo sentir que estou perdendo-a, assistindo do lado de fora, figurando. Diz um filme empoeirado de fundo de locadora que devemos ser protagonistas de nossas próprias vidas, então deixe minha identidade e minhas vontades loucas. Se você não é capaz de me aceitar dessa forma, eu sugiro algumas coisas, a começar por: vá. Tire sua cara feia da minha fumaça, o cigarro tem sido melhor compania do que você. Leve seu travesseiro daqui, pois seu cheiro está ficando insuportável. Calce suas botas e me deixe rolar na cama vazia, não preciso mais das suas pernas frias para enroscar. E não é que eu não as queira mais, eu só não quero esperar você chegar dos seus compromissos e me pegar dormindo. Eu preparo nosso jantar e ele acaba indo para geladeira. Adormeço com o windows media player ligado no aleatório, uma garrafa vazia de cerveja e um cigarro no cinzeiro. Cartas jogadas no tapete. Celular debaixo do travesseiro. Um livro de ficção aberto em cima do meu peito, os óculos pendentes. Pode ter sido uma noite de porre. Podia ter sido uma noite de várias coisas.... Ainda não estou boa para escrever. Minhas inspirações se foram, as vozes se foram. Só ficou o desconcerto, o desconexo. Mas pouco me importa, se o que escrevo tem sequência ou não. Aliás, pode refletir um pouco da minha vida: desconcertada, desconexa, inconsequente...

'Pode ser que eu a encontre numa fila de cinema, numa esquina, ou numa mesa de bar.'

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Tome nota.


terça-feira, 17 de abril de 2012

Um drink e um brinde, por favor.

Um brinde ao acaso. Um brinde ao que deu certo, ao que não deu em nada. Um brinde ao caminho incerto, à pessoa errada. Um brinde a tudo que acontece, um brinde ao que nunca vai acontecer.
Tudo que mudou, e a tudo que nunca vai mudar.” 
(Alguma coisa Tavares)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Transposição de limites

Para onde estou indo? Eu não sei.
Por que importa para onde as pessoas vão?

A.A. Milne (1882-1956),  
Quando éramos bem jovens, "Manhã de primavera"

sexta-feira, 30 de março de 2012

Snowflakes

(...) O que eu entendo, é que na vida real, você nem sempre fica com a pessoa que faz seu coração bater mais forte e as pernas tremerem. Na vida real, você fica com a pessoa com quem pode construir uma vida. Uma pessoa alcançável. Alguém que tenha algo em comum. Como jogar boliche.

terça-feira, 27 de março de 2012

Plagiando Rudyard

Hoje eu me lembrei de um velho sonho. E ele cabe exatamente aqui.
É uma cena de uma cantora de cabaré, já idosa, sentada no piano em uma boate parcialmente deserta na times square, tarde da noite. Ao apresentar sua canção seguinte, a legenda dizia algo mais ou menos assim: " Senhoras e senhores, às vezes a pessoa amada nos decepciona, e quando isso acontece, é realmente muito triste. Isso aconteceu comigo, e eu escrevi essa canção. Ela se chama 'Foda-se Stuart'."

terça-feira, 20 de março de 2012

somente

Mas ei, eu estava certa.
As pessoas se desmancham por sentimentos passageiros, se abrem e mostram ao mundo sua dor e felicidade como se alguém se importasse...
Tudo isso pelo mais vulgar dos sentimentos. Já perdeu o sentido depender de alguém além de você.
E tudo isso é tão alheio e desinteressante...
Vou realizar meus sonhos e somente meus, vou me perguntar se tá na hora certa de decidir, comer e dormir.
Pois o amor de nada vale sem mim. *Flores, frases feitas... O meu mundo é outro lugar.*

quarta-feira, 14 de março de 2012

que morra. carta séria a seguir.

'é de fato raro que alguém parta amigavelmente, porque se partisse amigavelmente, não partiria.'

segunda-feira, 12 de março de 2012

ler, viver e amar

uma vez um cara me disse que não é verdade que os homens evitam as mulheres com experiência. na verdade, eles procuram isso. há uma compreensão tácita de que o sexo é melhor, mais quente, mais erótico quando a mulher está cercada de raiva e amargura direcionada a outro homem. por que o sexo precisa ser tão complicado? por que você não pode ter uma noite de total abandono sem consequências, sentimentos e autoanálise? por que não pode simplesmente ser divertido, como costumava ser?
-kaufman e mack-

terça-feira, 6 de março de 2012

tolerância.

Só me fala que vai me aturar. Aturar todas as minhas crises de ciúmes, meus momentos - não tão raros - sem paciência, as minhas desconfianças e meus surtos de insegurança. Aturar meus dramas, minhas teimosias, minha arrogância, minhas piadas sem graça e o meu não-romantismo. Aturar todos os meus tipos de provocação, meu amor por outras pessoas, minhas mudanças inconstantes de humor e de temperamento. Aturar minha mente confusa, minha memória irritante, minha sinceridade exagerada. Aturar quando eu falar que te amo mais e também quando eu não falar que te amo. Aturar e segurar tudo não por mim, nem por você… Mas por nós.
Bernardi, T.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

"De que vale a eternidade? Um orgasmo dura poucos segundos.
A vida dura poucos segundos. A história se fará com ou sem a sua presença.
A morte é apenas um grande sonho sem despertador para interromper."

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

equilíbrio

(...) Quando se é jovem demais, a tendência é não pensar sobre as consequências. Você conhece um cara, você se sente atraída por ele, vocês fazem amor, ele telefona ou não telefona. A vida continua e você tem de lidar com isso. Mas agora, estou em uma idade onde o equilíbrio é importante e não se pode ser séria demais ou frívola demais, e há essa vertigem levemente distorcida e sempre presente que mostra como tudo isso pode ser precário. (...)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

talvez seja a hora de jogar um dardo no mapa.


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

about dream last night

"hoje, distante, presente, triste, sozinhas, juntas, mas ainda tô aqui, pra nós duas, porque não tá fácil, porque não tá feliz, porque 'ti amo'. Não esquece do que somos não, somos algo indefinido, somos só nós de novo e quando eu grito eu só escuto seu eco! Brigada por tudo que você é pra mim, do quanto você consegue me aturar... acho que você só tem esse poder porque eu também tenho... compreender o incompreensível, segurar sua mão pra ir pra onde nem eu sei... mas só pra te fazer compania, porque eu sempre tô aqui e mesmo que você não queria eu vô tá, só pra saber como você tá, preciso saber, preciso ajudar, preciso estar presente, porque só assim fica mais completo, porque só assim nós vamos poder nos abrir e ouvir um 'eu te entendo' depois... é... já faz tempo que é assim né? que bom."
eu vou com você pra onde você for

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

como parte da escuridão

Hoje à noite me sentei perto de uma janela aberta e li até que não houvesse mais luz e que o livro não fosse mais do que uma parte da escuridão. Eu poderia facilmente ter ligado um abajur, mas eu quis percorrer o dia até que chegasse a noite, para me sentar sozinho e alisar a página ilegível com o espectro cinza e pálido da minha mão.
Kooser, Ted

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

tenho lido

as mulheres fazem coisas diferentes quando estão deprimidas. algumas fumam, outras bebem, outras ligam para o terapeuta, algumas comem. minha mãe costumava ficar furiosa quando ela e meu pai brigavam e, depois, se embriagava durante dias sem-fim e desaparecia dentro do quarto. minha irmã era mais do tipo frieza total; dê-lhes um gelo e, nesse meio-tempo, devore um bolo gelado de banana. e o que eu faço- o que sempre fiz- é sumir de tudo e de todos, mergulhando em um porre literário que pode durar vários dias.
eu caio nesse estado por diversas razões. às vezes, é depois de uma briga do tipo "não aguento mais olhar para sua cara". outras vezes, é sintomático do meu estado psicológico, tédio até o último fio de cabelo, minha vida que vai mal, e aquele sentimento de medo sempre que me perguntam o que ando fazendo. como alguém pode colocar todas essas coisas em ordem? levando tudo em consideração, prefiro ler. é a fuga perfeita.