domingo, 30 de setembro de 2012

Um baseado e um café

"- Você é incrível - diz ele, inclinando-se e me dando um beijo. Eu tinha me esquecido do quanto é bom beijar quando você está chapado. Surge uma onda surpreendente de calor que se espalha pelo meu vestido, engole meu peito e o alto das minhas coxas, como lava incandescente, me fazendo cruzar os braços bem apertado e corar de tanto desejo. Será que ele nota? Eu abro os olhos. Ele está me olhando. Acho que se ele não me tocar, eu vou pular em cima dele. Ele sorri e me beija novamente, puxando levemente o lábio inferior, depois me afasta outra vez, me deixando a ponto de quase implorar. Como ele pode? Será que ele não percebe que estou me esforçando para manter minha compostura, fingindo que o que está acontecendo com meu corpo não está acontecendo, que posso desligar os ímpetos frenéticos que chamuscam a minha pele toda vez que ele me toca? Ora, vamos, eu penso, desesperada, torcendo para que eu não tenha aquela expressão predadora, meio enlouquecida, que uma pessoa tem nos olhos, quando quer muito aquilo. 
Calma, você está doidona."

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