segunda-feira, 30 de março de 2009

O que eu quero ainda não tem nome

Fim de semana. Tem sido os piores confesso. Fico só, longe, apareço apenas virtualmente. Começo de semana. Tem sido indiferente. A minha dócil rotina não permite nada de extraordinário. Meio de semana. Turbulento. Já me vejo sem tempo para nada.
As minhas fotos estão mostrando alguém que eu não sou. Continuo desabafando com estranhos, dormindo com o inimigo. Ando muito pensativa, o que me desconcentra e faz eu fugir do mundo real. Aliás, eu não estou vivendo no mundo real. Não estou reclamando, óbvio, eu assumo gostar disso tudo. Mas o que eu quero afinal? o que eu procuro? Não sei. Ainda. Penso bastante em tais perguntas que ficam como fantasma rodeando minha cabeça. Deixo a vida me levar enquanto não tenho tempo pra pensar. Estou bem, e isto pra mim não é o bastante, mas é o suficiente.

sábado, 28 de março de 2009

...

"não preciso saber o que você pensa pra saber o que eu sinto"
D.R.D
todos os direitos reservados

quinta-feira, 26 de março de 2009

Terrible

Eu quero pedir pra descer. E quero agora.

terça-feira, 24 de março de 2009

Questions

"Do you care if I
don't know what you say?
will you sleep tonight?
will you think of me?
...

sábado, 21 de março de 2009

Roda Gigante

"Largue o emprego,
Torre dinheiro,
Não vista roupas o ano inteiro,
Invente uma língua,
Visite Cingapura
Escreva livros
Como John Fante,
Transe em uma roda-gigante,
Pinte o cabelo,
Vire do avesso "
...
powerbossa

quarta-feira, 11 de março de 2009

Auto-destruição

Você não é o seu trabalho.
Você não é o quanto tem no banco.
Nem as roupas que veste.
Escolha não ter uma TV grande
nem baixo colesterol
nem um abridor elétrico de latas
nem plano de saúde e dentário
e muito menos uma casa de dois andares numa rua arborizada e filhos que só tiram A+.
As coisas que você possui acabam te possuindo.
Você só é realmente livre após perder tudo.
Pois aí nao terá o que perder, e, enfim, encontrar-se-á livre.
-g.me-

segunda-feira, 9 de março de 2009

Reticências

Eu não o via há tanto tempo. Sim, moramos na mesma cidade, longe, mas moramos. Ele trabalha perto do meu trabalho e mesmo assim tinha um tempo que eu não o via, tão de perto. Detalhes, meros detalhes: acho que o vi antes, e não queria que ele me visse, estava mal vestida e com o cabelo despenteado, sem um simples gloss na boca pra chamar mais atenção. Abri minha carteira para fingir que estava procurando algo, assim não cruzaria meu olhar com o dele(sim, eu sei, pareço ter 15 anos). Mas ele me notou, na rua cheia de gente e carros e cachorros, ele estava na sacada, no alto, olhando, para mim. Não imaginei que fosse me cumprimentar, mas ouvi um suspiro vindo daqueles lábios (ah aqueles lábios...) Psiu, foi assim que ele me chamou, tá, eu quase desmaiei. Cara, voltei há exatamente 5 anos atrás, e ele ainda me olha exatamente igual. Consegui dar um aberto sorriso colgate, e dizer assustada: oi, tudo bem? tudo aconteceu em uma fração de segundo, mas durou uma eternidade até que eu virasse a esquina pra poder respirar. Por um minuto, o que estava adormecido dentro de mim resolveu acordar, e agora estou vendo o filme na minha cabeça, o filme que pra ele nunca era pra ter terminado. Tudo naquele momento voltou, aquele sorriso sincero, aqueles olhos me olhando, aqueles lábios murmurando psiu pra mim, por que eu não passei por outra rua? Ele se lembra de mim, da gente, sonha, pensa, olha... me faz voltar no tempo, só ele tem esse dom, aliás, só ele conseguiu fazer em mim o que ninguém conseguiu, até hoje.

domingo, 8 de março de 2009

Somos, o sexo belo

Não precisamos usar gravatas. Sentar de pernas cruzadas não dói.
Nossa inteligência é compatível com a de qualquer homem, mas de aparência é melhor.
Se matarmos alguém, e provarmos que foi na TPM, é atenuante.
Nosso cérebro dá conta do mesmo serviço, mesmo com 6 bilhões de neurônios a menos.
Somos capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo.
Não pagamos a conta, no máximo, rachamos.
Temos memória. Sempre sabemos onde estão as meias.
Se casarmos com o herdeiro do trono, seremos rainhas.
Somos nós que somos carregadas na noite de núpcias.
A idade não atrapalha nosso desempenho sexual.
Podemos ficar excitadas sem ninguém perceber.
Vivemos mais. Somos mais resistentes à dores.
Podemos dormir com uma amiga sem ser chamada de lésbica.
Namorado de amiga nossa para nós, é homem.
Não investigamos barulhos suspeitos a noite.
Somo mais sensíveis.
Temos um dia internacional.
Fazemos tudo que um homem faz, e aida por cima, de salto alto.

sábado, 7 de março de 2009

Os Dois

Ele+Ela são diferentes. Ele+Ela se comunicam por telepatia. Ele+Ela olham a lua. Ele+Ela riem de tudo. Ele+Ela são extremamente críticos. Ele+Ela bebem summer. Ele+Ela escutam dig. Ele+Ela comem pipoca. Ele+Ela Jack+Jane. Ele+Ela listam filmes. Ele+Ela morrem de ciúmes. Ele+Ela são a exceção de que opostos se atraem. Ele+Ela são sinceros.
Ele+Ela se completam.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Fixação

Era noite, gelada. Eu estava sozinha em casa, quando apareceu do nada, o ser poderoso com uma notícia a mim. Ele veio me comunicar que eu morreria em 24 horas. Então, mas eu estou tão saudável. Não, eu estava lúcida e o que ele dizia realmente era verdade. Eu ia morrer. Ele ficou calado por uns instantes me olhando. Disse em poucas e baixas palavras que não havia motivo para pânico. E eu ainda estava sem quase entender, só o que pude processar naquele momento era a única informação de que iria morrer. Ele por sua vez, então disse, que já vinha fazendo tal visita às pessoas há um tempo, e que quase todas tinha essa reação ou até pior. Ele acreditava fazer as pessoas felizes por pelo menos poucas horas antes do óbito. Me disse que o motivo maior por sair contando as pessoas que elas morreriam em um dia era o fato de tais poderem fazer tudo o que tivessem vontade de fazer antes de morrer. Ele acreditava fazer bem informando o dia da morte, assim cada um podia fazer aquilo que não fez durante toda a vida. Eu o ouvi atentamente e comecei a listar na minha mente tudo o que eu tinha vontade de fazer antes de morrer e ainda não havia feito. E pensei, comigo mesma, que realmente tinha um lado bom nessa história, e cada pessoa morreria mais feliz, sem remorsos e sem ressentimentos. E principalmente com a tranquilidade de não se arrepender de nada do que não tinha feito
(...)
Confie na minha teoria

domingo, 1 de março de 2009

A hora de voltar

"O que a gente faz?"