domingo, 29 de novembro de 2009

Asteriscos

Dois mil e nove já deu o que tinha que dar. Quero mais é que dois mil e dez chegue logo, depressa, voando. É meio chato assumir certas coisas, mas eu assumo que estou precisando de um pretexto para mudar. Preciso de um motivo para fazer grandes mudanças. Radicalismo. Até mesmo físico, que seja. Estou sentindo algo vazio e certo, não estou fazendo nada para mudar isso. Rodeada de bonecos infláveis e moldáveis. Sim, esses são os que se dizem meus amigos. Sinto falta de algumas amigas, inclusive as que se casam e nem mandam convite. Mesmo parecendo ser dramática, não é nada fácil desabafar sempre em posts, sempre em blog. Estive quase comprando uma bola de voley e dando-a um nome, como no filme O Náufrago. Mas literalmente falando, já tentei de várias formas entender algumas situações e pessoas, mas as pessoas que me rodeiam, as pessoas que vejo, como grande observadora que sou, são tão, tão, mesquinhas, vivem simplesmente de aparências. De roupas. Cabelos. Todas sim, estou generalizando agora. Na minha época, costumava existir amizades mais firmes, amizades clássicas. Mas hoje, até mesmo das minhas amizades clássicas, não sobrou (sobraram) quase nada, ou nada. Nada de sentimentos, nada além de conversas paralelas.
Asteriscos para esse post eu queria dar. Modular todas essas letras em estrelinhas virtuais, mas não faria sentido então, uma vez que só tenho isso para desabafar dizendo o que sinto de verdade.
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domingo, 15 de novembro de 2009

Final infeliz

Acabou. Não dá mais para tapar o sol com a peneira. Fim. Nada de rodeios. Nada de fingir que está tudo bem. As coisas foram longe demais. Estava difícil para mim e para todo mundo, mas ainda sim eu estava 'levando'. Nós fingimos que não sabíamos de nada, fingindo o desentendido. Mas o tempo virou contra mim e aquele que eu considerava ser meu maior aliado me deu as costas e agora está de joguinho comigo. O tempo não dá nem para dormir, nem para pensar. Estamos todos chateados, estressados, esgotados, desgastados, de saco cheio. E a única coisa a qual me deixa feliz é saber compreender e reconhecer a mim mesma. Reconhecer que mereço desprezo de vocês, ódio até, quem sabe. Brigas atrás de brigas não estão nos levando a lugar algum, ficamos sempre no mesmo lugar, ok, paro de falar pluralmente, eu fico sempre no mesmo lugar. Digo que resolvo, me sinto decidida, mas sempre volto atrás. Assumo todos meus erros, assumo tudo que eu disse e fiz de errado. E pela milésima vez, só peço desculpas, a todos vocês. Nunca foi minha intenção magoar tanta gente de uma só vez. Só lamento por ser assim e pensar não ter mais 'conserto'. Sim, digo de mim. Do meu eu deslareçado. Do meu jeito que de tão diferente e estranho me dá ódio, me afeta. Me despeço com uma náusea imensa e um gosto amargo na boca. Não vai mais acontecer. Sempre para mim, mas não mais para vocês.

sábado, 7 de novembro de 2009

Neverland

Alguém algum dia já se perguntou se sua liberdade é limitada? Cheguei a essa conclusão hoje. Sempre me questiono sobre a indepêndencia, que, creio eu, é algo demasiado complexo e um tanto quanto relativo. Se a liberdade é ter poder de escolhas, é ter alternativas, é ser livre pra poder fazer o que se tem vontade, peraí, o playground não está acomodando bem todas as pessoas não. Você pode decidir, pode escolher, mas observe, as alternativas são sempre as mesmas. Sempre as mesmas opções, tudo tão, limitado! Um mundo pequeno para ser livre, pelo menos no meu ponto de vista, a liberdade que eu quero vai muito além disso aqui. O lugar onde eu queria estar agora, a minha terra do nunca, é um lugar ilimitado, amplamente conquistador, infinito. Onde escolhas, aliás, não é preciso escolher, não é preciso optar. Lá você pode tudo. Tudo.
Take me to neverland.