quinta-feira, 31 de maio de 2012

Falando em distrações

Eu detesto televisão. Quando ligo, é para distrair da solidão. Dar aquela sensação de companhia, perdida desde então.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Torto por linhas certas

'Todo mundo sabe qual é a coisa certa a se fazer. Ela geralmente se resume a respeitar a si mesma e enxergar o óbvio. (...)
Mas quem disse que a gente se resolve com isso? E a esperança, aquela que não morre nem com reza brava, onde fica? E aquele milagre que amamos esperar? Isso tudo leva a uma vontade danada de não resolver nada - falta o bom-senso para tomar a atitude certa e a coragem para fazer a coisa errada. O problema é que não resolver nada, freia - faz baliza e estaciona - nossa vida.
Existem coisas que são meio camicase, mas acho sinceramente que, quando não conseguimos de jeito nenhum fazer a coisa certa (e quase nunca acertamos de primeira), o melhor é fazer a errada, aquele erro total e absoluto mesmo! Só que sem a esperança de que algo vá mudar. A ideia é tentar mais uma vez com a consciência de que vai quebrar a cara. Passar um batonzão vermelho, se olhar no espelho e dizer: vou ali me estrepar. E voltar arrasada. Mas com aquela raiva (de si mesma) que dá combustível para finalmente encontrar o rumo.
Pode parecer sádico, mas fazendo o errado a gente se resolve melhor do que não fazendo nada. Sofre tudo para depois abrir espaço para as alegrias - e não fica presa à vida morna, mais ou menos. Não sei, mas eu prefiro - em qualquer aspecto de vida - um "não" cruelmente sincero ao consolo paralisante de um "talvez" infinito.'

domingo, 20 de maio de 2012

Abre aspas

- Estive em tantos lugares no mundo, mas nunca em um tão lindo como esse.
- Eu estive. Todos os dias. Todas as manhãs que acordo e olho pra você, quando nós escovamos os dentes juntos. Quando assistimos tevê juntos. Qualquer coisa, sempre, toda vez que te olho, é o lugar mais lindo que já estive.

(Chuck versus the balcony, episódio 11, temporada quatro)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Para qualquer lugar

E depois de hesitar por um pequeno instante eu disse: sim. Sim, vamos fugir daqui. É realmente isso que estamos precisando. Ir pra longe, só nos dois. Juntar o útil ao agradável. A oportunidade é essa, então eu aceitei agarrá-la. Porque é preciso. 
Deixamos o comodismo falar mais alto nas últimas semanas, gerando outros problemas rotineiros e brigas corriqueiras. E culpando a agenda e compromissos os quais nos deixavam com o nível de estresse elevado, viramos vítimas de um relacionamento mal interpretado, gelado e despencado na rotina. A confiança que levamos semestres para alcançar está se deixando levar por disparates, vindas de telefones, internet ou mesmo de qualquer lugar. A cumplicidade foi afetada e as coisas foram saindo do nosso controle tático. 
O que mais deveríamos fazer? Fingir que nada estava acontecendo? ... Eis que agora surge uma luz, ou melhor uma sugestão feita por você, um pedido peculiar a lá excitante, uma ideia incerta e arriscada, vinda de alguém tão racional.
Pois sim, eu vou. Vamos fugir pela manhã, antes da neblina baixar.
Essa fuga vai nos ajudar a espairecer, esfriar, e quem sabe, aquecer novamente.

domingo, 13 de maio de 2012

Define-se nota do dia.

Música sempre foi um dos meus analgésicos favoritos.

sábado, 12 de maio de 2012

Tensão

Descobri recentemente que sofro do mal da tpm. E digo recentemente porque nunca havia associado o mal ao momento. Um stress dominante, um drama sem fim. Melancolia progressiva. É (quase) assim que eu fico. E tenho feito estragos. Na verdade, paciência nunca foi muito meu forte, nesses dias eu fico uma pilha. Mas passa. Como tudo passa. Fica algumas manchas, umas mágoas ou brigas mal resolvidas provenientes do meu estado semi-catastrófico. Mas passa, eu juro. E sei que em dias assim, melhor ficar quieta, no meu canto, sem gritar ou criticar. Esperar que passe e volte tudo ao normal. Ao meu normal.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Eu só tenho pensado que

Não interessa de onde você veio, nem com quem você está. Eu gostei de você e é aqui que eu quero ficar.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Deixa, vai?

Afrouxe a gravata. Tire esse terno amassado. Esfrie a cabeça num banho quente. Feche a janela e apague as luzes. Deixa esse frio aquecer nossa cama. Traga um chocolate quente e deite aqui do meu lado. Troque seu par de meias pelos meus pés. Deixa essa televisão, e coloque uma música, de mansinho. Crie um clima. Deixe o mundo acabar, e vamos dançar.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A colecionadora de palavras

Dizem que eu sigo um tabu de que: quando estou estressada, revoltada e afins, minha inspiração para a escrita cresce. De fato seja isso verdade, hoje é um desses dias de estresse e tpm. Só não sei se estou na veia boa para escrever como de costume, nessa 'época'. Além de me enterrar em um porre literário vez ou outra, tenho praticado mais a teoria de ficar trancada no quarto com meus fones de ouvido e seriados variados. Tenho sofrido de crises existenciais, dramas in, neuroses inúteis (coisas de praxe, digamos). Eu não venho aqui pra reclamar disso, sério seja, classifico mais como desabafo. Os livros que tenho lido, os seriados que tenho visto e as músicas que tenho ouvido não estão me ajudando muito a melhorar, ás vezes ajudam a afundar mais as mágoas, embora me façam pensar em uma maneira de sair da fossa e engloba-se o: pensar em tudo. Principalmente no quanto tenho sido chata, grossa e ausente com aquelas pessoas que eu gosto. É verdade que, em dias assim, prefiro ficar no purple room, cercada de folhas brancas, canetas e taças de vinho. Porém, eu tenho colecionado palavras, aquelas que eu não tenho coragem de usar...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Fazendo as contas

'Um coração partido dura o tempo que você desejar que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir...'