terça-feira, 31 de janeiro de 2012

about dream last night

"hoje, distante, presente, triste, sozinhas, juntas, mas ainda tô aqui, pra nós duas, porque não tá fácil, porque não tá feliz, porque 'ti amo'. Não esquece do que somos não, somos algo indefinido, somos só nós de novo e quando eu grito eu só escuto seu eco! Brigada por tudo que você é pra mim, do quanto você consegue me aturar... acho que você só tem esse poder porque eu também tenho... compreender o incompreensível, segurar sua mão pra ir pra onde nem eu sei... mas só pra te fazer compania, porque eu sempre tô aqui e mesmo que você não queria eu vô tá, só pra saber como você tá, preciso saber, preciso ajudar, preciso estar presente, porque só assim fica mais completo, porque só assim nós vamos poder nos abrir e ouvir um 'eu te entendo' depois... é... já faz tempo que é assim né? que bom."
eu vou com você pra onde você for

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

como parte da escuridão

Hoje à noite me sentei perto de uma janela aberta e li até que não houvesse mais luz e que o livro não fosse mais do que uma parte da escuridão. Eu poderia facilmente ter ligado um abajur, mas eu quis percorrer o dia até que chegasse a noite, para me sentar sozinho e alisar a página ilegível com o espectro cinza e pálido da minha mão.
Kooser, Ted

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

tenho lido

as mulheres fazem coisas diferentes quando estão deprimidas. algumas fumam, outras bebem, outras ligam para o terapeuta, algumas comem. minha mãe costumava ficar furiosa quando ela e meu pai brigavam e, depois, se embriagava durante dias sem-fim e desaparecia dentro do quarto. minha irmã era mais do tipo frieza total; dê-lhes um gelo e, nesse meio-tempo, devore um bolo gelado de banana. e o que eu faço- o que sempre fiz- é sumir de tudo e de todos, mergulhando em um porre literário que pode durar vários dias.
eu caio nesse estado por diversas razões. às vezes, é depois de uma briga do tipo "não aguento mais olhar para sua cara". outras vezes, é sintomático do meu estado psicológico, tédio até o último fio de cabelo, minha vida que vai mal, e aquele sentimento de medo sempre que me perguntam o que ando fazendo. como alguém pode colocar todas essas coisas em ordem? levando tudo em consideração, prefiro ler. é a fuga perfeita.