Eu sei que já estou um pouco grandinha para tantas indecisões, mas o medo não escolhe idade, e inseguranças vem e vão. Minha falta de perspectiva acabou nos afetando da pior forma possível, e agora nos encontramos, ambos desgastados pelas escolhas que não foram feitas; por mim, também sei. Mas é claro que ainda não me imagino sem você do meu lado, se você some o futuro fica meio borrado e é impossível de enxergar, porque você é a nitidez. Sempre achei isso comum demais para nós, mas os dias têm ficado cada vez menos coloridos, menos sem gosto. E não, de maneira alguma a culpa é sua, fui perdendo o controle do encanto e deixando essas coisas triviais entrarem no nosso caminho, sem saber que iria tanto me afligir. Tá certo, eu sou como uma bola de neve, quando as coisas já não estão bem eu tenho uma tendência a piorá-las, e como se não bastasse fui buscar o passado para atrapalhar ainda mais nosso futuro, mas será que fui buscá-lo ou ele já estava aqui, me seguindo como uma sombra negra? Tenho tentado procurar significado nos meu devaneios, juro que tenho, mas o que encontro nunca é algo positivo. Penso como se fosse um sinal me alertando a diminuir o passo, a firmar mais a mente naquilo que pareço não estar enxergando bem. Já tem um tempo que eu guardo isso só para mim, e vão virando segredos obscuros nas entrelinhas, me deixando sob um leve frenesi. Eu odeio não saber o que fazer disso tudo, odeio essa fronteira em que estou parada e já faz tempo. E como você não merece a minha indecisão, eu acabo me forçando a escolher precipitadamente o incerto. O meu medo, sempre, é de estar errada.
Cá estou, como sempre, deixando as palavras saírem de minha cabeça, totalmente sem nexo. Mas retrata bem, o presente, já que está realmente tudo fora de ordem.
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Por você, mesmo.