sábado, 14 de maio de 2011

droga






você é tudo que eu sempre quis.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

o morno


Queria muito viver bem a vida, mas esquecia apenas de viver. Passava o dia olhando pra parede e não via nada acontecer.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

colapso

'- Droga - pensou ela, ao se dar conta. - Acho que estou tendo um colapso nervoso.
Correu o olhar pela cama onde estava jogada. Seu corpo havia muito necessitado de um banho espalhava-se sobre o lençol havia muito necessitado de uma troca. Lenços de papel encharcados e amassados atulhavam o edredom. A poeira se acumulava sobre um arsenal intacto de chocolates em cima da cômoda. A televisão no canto bombardeava sem trégua a programação da manhã. Opa, colapso nervoso, sem a menor dúvida.
Mas algo estava errado. O que seria?
- Sempre achei... - ela arriscou. - A verdade é que sempre esperei...
Do nada, ela soube.
- Sempre achei que seria melhor do que isso...'

quinta-feira, 7 de abril de 2011

caindo no esquecimento

estou na faculdade e acabei de fazer uma prova "daquelas". essa semana estou no mesmo gênero de pessoas que precisam que o dia tenha 35 horas. pelo lado bom, minha cabeça tem menos horas para latejar. sim, isso tá ficando frequente e começando a me assustar, minha cabeça dói e a cada batimento cardíaco, um latejar maior. tal evento pode se referir aos nervos-à-flor-da-pele, aos projetos imaginários não realizados, às metas que só ficam nos sonhos. embora as coisas estejam tão intensas e viradas do avesso, tranquila estou, anestesiada. eu quero uma bebida forte.quero falar do desnecessário, quero esquecer tudo que me aflige. não quero entrar em detalhes que só fazem me machucar. só quero, cair em esquecimentos. tudo. completamente. sem exceções.

sexta-feira, 25 de março de 2011

there is a light that never goes out

take me out tonight, where there's music and there's people who are young and alive, driving in your car. i never never want to go home, because i haven't got one. anymore. take me out tonight, because i want to see people, and i want to see lights, driving in your car please don't drop me home, because it's not my home, it's their home and i'm welcome no more. and if a double-decker bus crashes into us, to die by your side such a heavenly way to die. and if a ten-ton truck kills the both of us, to die by your side well, the pleasure and the privilege is mine. take me out tonight, take me anywhere, i don't care and in the darkened underpass, i thought "oh god, my chance has come at last". but then a strange fear gripped me and i just couldn't ask. take me out tonight, take me anywhere, i don't care, just driving in your car i never never want to go home because i haven't got one. i haven't got one.
The Smiths
digna deste momento.

segunda-feira, 21 de março de 2011

24-25

as horas estão demorando tanto a passar que chega a me irritar. deve ser o fato de eu não estar vivendo-as e sim, vendo e esperando-as passar. nunca fui tão figurante da minha própria vida como agora. até parece que estou em um daqueles bancos de madeira trabalhados lateralmente assistindo o decorrer da minha vida. a diferença de um figurante "original" a mim é que figurantes recebem uma mísera quantia por serem simplesmente, figurantes; por pelo menos, aparecerem. já eu estou fazendo isso de graça mesmo. voluntário. e nem estou aparecendo. estou realmente passando despercebida. e há dias em que as vozes dentro da minha cabeça estão agitadas em relação a esse papel que estou interpretando. hoje é um desses dias. na verdade acho que estou mesmo é esperando. mas não sei o quê. uma atitude? uma surpresa? uma palavra? um olhar? não sei. estou esperando pra ver se algo acontece. sem fazer absolutamente nada. aliás estou fazendo sim, enfim, deixa essa parte pra lá. mas estou esperando. sentada, esperando flores e um convite. um convite pra levantar desse banquinho e viver.

She'll be gone soon
You can have me for yourself
But do give
Just give me today
Or you will just scare me away
What we build is bigger
Than the sum of two

sexta-feira, 11 de março de 2011

help!

saudade de antes de ontem. quando eu ainda não tinha visto o que vi.
e tá doendo pra caralho.
e não vai passar tão logo.

quarta-feira, 9 de março de 2011

dois milésimos de segundos

acordei com minha musculatura cervical tensa, preciso de massagem para inibir meus tender points. meu carnaval foi lindo. não, eu chamaria de feriado. nem feriado de carnaval. somente feriado. porque carnaval a gente vive quando é conveniente. eu só vivenciei o feriado. nada de carnaval, enfim. só eu sei o quanto contei segundos para chegar sexta-feira. e agora já é quarta? poxa. na verdade, a chuva me animou. adoro frio. como li em algum twitter que agora não me lembro qual, 'neste carnaval, minha fantasia será o edredom'. estive em um megacasamento sábado (pessoas se casam no sábado de carnaval?!) altos graus de sudorese e vodka ao som de dj kadoo. também amei muito nesses dias. estar perto de quem a gente gosta não tem preço. juntar, comer, rir, beber, beijar, dormir agarrado, ouvir rock em pleno axé. assisti aquele filme do facebook também e adorei. até me esqueci da garantia do meu notebook que agora está começando a me irritar (lembrem-me de começar a difamar a marca pela internet se não me devolverem ele intacto o mais rápido possível). esqueci também da monografia que tenho que começar a dissertar até começo de abril (omg). o feriado passou e minhas responsabilidades ainda estão aqui. droga. devo começar a trocar meus seriados por livros de auxílio ao meu tema de tcc. e eu quero mais é que esse ano acabe logo. depressa. voando.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

agora

'está tudo vindo à tona como se fosse vômito.'

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

mas que diabos...?!

sabe aqueles dias em que você começa a questionar sua própria vida? hoje é um dia desses pra mim. não estou passando muito bem fisicamente e dias como esse são catastróficos. por que? bem, aquelas vozes amigas dentro da minha cabeça vem me incomodar com zilhares de perguntas inúteis, e olha que havia um tempinho que elas estavam caladas. imagina soltar a voz interior num desses dias que você quer se acabar no seu quarto. é exatamente disso que estou me referindo. desde que as coisas mudaram ainda não havia parado pra pensar o que estou fazendo dessa vida que era pra estar sendo vivida. cuido de pessoas o dia todo e não cuido de mim. elas chegam tristes, dolorosas, eu resolvo todos os seus problemas físicos e elas vão embora very happy. ok, isso serveria de satisfação pessoal para qualquer um, mas desde que chega o fim da tarde e eu estou como uma dessas pessoas as quais cuido quando elas chegam, não está sendo nada aprazível. em menos de três semanas que tudo mudou, arrisco-me a dizer que já está tudo dentro da rotina. sou mais escrava do relógio hoje do que em qualquer outra fase da minha vida. dedico-me inteiramente a estudos e quando não estou estudando tenha certeza de que estou de consciência pesada por não estar estudando (como agora)! vida social, o que é mesmo? só saio do quarto pra ir ao encontro da minha doce rotina. longe das pessoas que eu gosto, diferente da vida que eu costumava levar, afetando-me física e psicologimante me pergunto: é isso que eu quero fazer pro resto da minha vida? era assim que eu me imaginava aos quase 22 anos? o que eu estou fazendo mesmo? me dedicando a uma vida que não é a minha? será que vale a pena largar uma vida pra trás juntamente com todas aquelas pessoas que eu amo? o que ganho com isso de verdade? eu sinto falta das minhas velhas-quase-únicas amigas, é, vocês mesmo. quero tomar um sorvete sentada na praça. quero contar histórias e dar dor de barriga de tanto rir. quero cozinhar sem olhar no relógio com medo de me atrasar. quero viajar sem destino com meu namorado. quero passar mais tempo com meus pais. quero ler um livro sem ficar solonenta. quero tudo isso e muito mais. quero a resposta de todas essas perguntas. quero saber se sacrificar meu corpo humano e minhas saudades, se o que estou fazendo de fato, realmente vale a pena. pra que? pra quando? por que?