segunda-feira, 30 de julho de 2012

Seguindo essa vibe de religiosidades

Outro dia estávamos numa das chopperias do shopping, minha irmã e eu, a Pri do Crises e Surtos, ligeiramente bêbabas, rindo asneiras e falando mal dos outros que passavam por ali, quando ela disse: -Imagino que Deus está lá em cima olhando a gente... Daí eu disse: -Sempre imaginei Deus como a imagem do Zeus (pai do Hércules do desenho) musculosíssimo, cabeleira e aquela barba gigante branca. Ambas rimos (eu quase cuspi a golada de chopp). Quando ela novamente disse: -Eu não tinha terminado, imagino que Deus está lá em cima olhando a gente, sentado numa poltrona vermelha com os pés pra cima, comendo pipoca e morrendo de rir da vida aqui embaixo.

sábado, 28 de julho de 2012

Quase verdade

'Quando eu era criança, as aulas de catecismo eram sobre Deus e Satã, os doze Apóstolos, os Dez Mandamentos e os Sete pecados Capitais. O mundo, segundo os conhecimentos, é ordenado e administrável, com centenas de leis e punições metodicamente organizadas segundo a gravidade da transgressão. Não parecia haver áreas neutras, quando se trata de pecado - apenas uma paisagem inflexível de dor e punições excruciantes, ou recompensas celestiais, dependendo do caminho que você tomasse.
Eu me lembro da professora batendo com o giz no quadro, enquanto repetia uma porção de coisas que tu não farás. Não matarás. Não roubarás. Não cometerá adultério. Negativo, negativo. A vida é tão mais complicada que isso. E, francamente, mesmo uma criança tímida e sincera de jardim de infância, nunca me identifiquei muito com o assunto em questão. 
Eu acreditava em Deus de maneira genérica, mas não como uma danação eterna. Se você cometesse, de fato, um pecado, claro, haveria consequências, mas, no fundo, eu sabia que Deus jamais ficaria olhando alguém sendo cozido em caldeirões de óleo ou torrado na brasa, como estava dizendo aquele canal religioso, num domingo, quando eu estava doente e não pude ir a igreja.'

terça-feira, 24 de julho de 2012

Sobre idas e vindas

'Aqui na casa dos meus pais as manhãs são invariavelmente frias. Essa cidade é fria, não só em termos de condições climáticas sempre tendenciosas ao inverno o ano todo, mas também em termos de emoções. Com exceção de minha casa, meu hospício preferido, onde todas as emoções, boas e más, estão à flor da pele cotidianamente.'
Depois de meses vivendo em família, depois de um tempo vivendo longe dessa concepção real do que é viver em família, por incrível que pareça, sinto como se tivesse voltado há uns dez anos no mínimo. Isso resulta em uma vontade que vai e volta de ir embora de novo. Apesar de também pensar continuamente no fato de que posso mesmo nunca mais conseguir viver sem eles por perto.

sábado, 21 de julho de 2012

01:35

Eu tenho essa paixão peculiar pela madrugada. Esse silêncio ensurdecedor, a escuridão tão negra acompanhada por toda essa calmaria. O barulho do vento gelado encostando na janela, o sereno caindo sobre as ruas tão desertas, e os grilos que viram protagonistas fazendo as noites parecerem ainda mais charmosas. 
A madrugada me lembra vários tocos de cigarros espalhados pelo chão e uma garrafa de vinho vazia abandonada no carpete. É quando se consegue ouvir vozes interiores, gritantes, falando absurdos, te enchendo de tentações e vontades loucas. Fico meio grogue, uma cena bizarra, a madrugada é uma droga, como maconha, tóxica, alucinante. A madrugada é alucinante. É encantadora. É um fraco meu. Confissões à parte, as inspirações ficam no auge durante noites mal dormidas, noites de insônia. Tenho sempre uma tendência a escrever durante as madrugadas. E tenho de ser muito cuidadosa com isso. Porque é durante ela, durante as madrugadas, que as vozes na minha cabeça, aquelas que seguro tanto caladas, encarceradas, são essas vozes, que escrevem por mim.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Porque hoje eu só quis saber das coisas fúteis.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Um pedaço da minha nada-mole vida

Coisa mais prazerosa do mundo é estar com minhas irmãs, de férias, acordando ao meio-dia e passando o resto dele de pijama, meia e havaianas. Melhor do que isso só mesmo quando meu namorado está de folga e podemos passear no shopping em plena quarta-feira, comer um sanduíche light, com suco light e salada de 57 kcal do Bobs, a dieta que me julgue. E compras? Vamos admitir meninas, é tudo-de-bom, ainda mais com a Marisa e a Pinkbiju em promoção (omg), me imaginem verycrazy de um lado para o outro. Assim tem sido os meus últimos dias, regados à cappuccino quente, muito cobertor, seriado, risadas e abraços. Dias assim demoram pra acontecer e passam muito rápido. Por isso tenho aproveitado cada momento desses dias de inverno, porque cada momento que a gente vive realmente é único, e dá saudade pro resto da vida.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Caindo como luva

Hoje ocorreu-me algo estranho. Talvez por tantas transações que tenho passado. Essa frase do Nietzsche pairou sobre meus olhos, que leram calmamente, me fazendo suspirar lentamente.

"Viver com as pessoas é muito difícil, por que calar é muito difícil."

quinta-feira, 5 de julho de 2012

É para ser uma playlist

Já vi muita gente postando playlists, inclusive vários dos blogs que eu sigo têm esse costume, então resolvi fazer minha própria playlist. Pensei em quais critérios usar para escolher as músicas, tipo: músicas mais recentes? preferidas? top five? Não sei, então tem um pouco de cada coisa. Não vou colocar os videoclipes das respectivas músicas aqui, igual o pessoal faz, até mesmo porquê quem quiser ver, vai lá no Youtube e digita. Simples.
A primeira é do Gotye- Somebody That I Used To Know, que inclusive conheci através de uma playslit num blog que eu sigo. Baixei o disco imediatamente e essa música já virou uma das minhas preferidas.
A segunda é Only If For A Night da Florence+ the Machine. Essa música é do álbum Ceremonials de 2011 e assim, não tenho o que dizer, é incrível.
É uma surpresa pra mim incluir aqui uma música do Maroon Five, que eu não ouvia muito. É a primeira vez que baixo um disco deles, e baixei o mais recente, que saiu do forno agora, mês passado, e eu adorei a música One More Night.
A quarta é de uma banda que eu simplesmente não consigo parar de ouvir, Foster the People, que tem somente um disco e já é uma das minhas bandas favoritas, e Houdini é a música que mais ouço deles.
Para finalizar, He Can Only Hold Her, da minha diva Amy Winehouse. Não é nova, mas todo mundo devia ouvir. Sinto falta da Amy todos os dias.

Enfim, de começo é isso. Tinha colocado outras músicas nessa playlist, mas ficaria muito grande, daí resolvi dividir. Gostei do resultado.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Para julho, o meu apreço

E julho começou sem polpar no frio. Suspeita eu pra falar do inverno? Imagina. Eu adoro frio, adoro botas, cachecol, cappuccino... Estou com uma boa sensação para esse mês que já começou produtivo. Julho tem um quê de segundo reveillon, não? Eu sei que parece meio crazy isso, mas com a passagem de semestre, dá uma sensação de segundas promessas, coisas do tipo: no segundo semestre vou fazer uma pós-graduação (créditos totais para mim neste exemplo). É meio que por aí mesmo, nessa linha. Eu estou mais organizada também, baixando mais discos, colocando os seriados em dia (isso vai demorar um pouco), programando uma viagem (que se Deus quiser vai sair em setembro ou outubro), jogando umas lembranças fora, preciso de mais espaço nas minhas gavetas, não me julgue. Julho tem um charme pra mim, além desse inverno estonteante de gostoso, o pessoal costuma tirar mini-férias (não me inclua), daí dá pra ficar todo mundo mais junto e fazer sei lá, qualquer coisa. E tem aquela coisa de meio-de-ano que a gente começa a fazer um pré-balanço do ano: se tá indo tudo bem no trabalho, se aquelas promessas do final do ano passado estão se cumprindo e caso não estejam, julho ajuda a dar uma reforçada e um puxão de orelha do tipo: ei, já estamos na metade do ano e você ainda não cumpriu aquela promessa... bla bla bla. E julho tem ainda aquela coisa de passagem de estação, de início de ano, para fim de ano, porque parece que de agora pra frente tudo é pensado como já-estamos-no-fim-do-ano.
Enfim, sem neuras, eu gosto de você senhor mês de julho, então chega mais, vamos cumprir as promessas que ainda não foram realizadas, confesso que não lembro de metade, mas e daí? A gente faz outras : )