Acreditem, eu sou mulher. Subo no salto 15, me maquio bastante e vou ser mulher pela rua afora. E sabe, eu gosto de ser mulher, poder ser camaleoa e ser uma mulher diferente a cada dia. Eu costumo ser forte, me mascarar e sair por aí distribuindo felicidade , que mulher não faz isso? Mas a verdade é que debaixo desse salto e por trás dessa maquiagem toda, existem mulheres frágeis, neuróticas, inseguras. Sim, falo por mim. A gente é guerreira porra, faz dieta, academia, se mata na depilação para tentar ficar com uma melhor aparência física. Mas lá no fundo o que manda é o que nós, mulheres, pensamos e fazemos. São nossas atitudes que nos tornam diferentes dos demais. É saber sacrificar-se na hora que precisa, segurar a barra, ter aquele joguinho de cintura em momentos complicados e delicados e que só a gente sabe como ter. Hoje é um dia que nos foi dedicado, porque nós merecemos, com certeza, nós merecemos.
Eu, Dayane, sou uma mulher, altamente neurótica, com doses extras de paranóia, tenho muita celulite, se eu não me cuidar minhas pernas ficarão muito peludas, eu bebo mais-que-socialmente, fumo esporadicamente, encolho a barriga, uso sutiã de enchimento. Sou bastante insegura, penso mais do que faço. Mas no fim das contas eu não me importo de ter peito pequeno e estrias, nem aquelas gordurinhas pulando do jeans. Porque eu sou mulher, e sou mais eu. Um corpo não define a classe feminina, o que define é sua capacidade de saber ser uma pessoa de caráter e integridade.
Antes de ser tão feminista, seja mais feminina. E feliz dia 8 de março.
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