domingo, 11 de abril de 2010

Adoração

Manchetes que eu amaria ler nos jornais:
Organização Mundial de Saúde recomenda doses diárias de fofoca como medicamento antiestresse.
Fim de temporada de chuvas deixa rastro de arco-íris por todo país.
Programa eleitoral gratuito terá Johnny Depp e Ashton Kutcher como apresentadores.
Usar sutiã com alça de silicone é crime hediondo.
Para estimular o consumo de amendoim, pipoca, azeitona, cerveja e afins, governo decreta feriado durante TODA Copa do Mundo.
No mercado: creme que acaba permanentemente com as celulites e estrias.
Recente descoberta: ouvir música funk e coisas do gênero faz mal à saùde auricular.
Revista Scientific American: comer chocolate diariamente emagrece, faz bem para a pele e aumenta a libido.
>Nos fones de ouvido: Panic! At The Disco- New Perspective.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Fones do ouvido

Os únicos capazes de nos fazer viajar sem sair do lugar.
Uma das melhores invenções da humanidade segundo meu ponto de vista. Servem até mesmo de teletransporte. Faz esquecer o que vivenciamos no exato momento e voltar àquele dia tão especial a qual a música nos lembra.
Fazem-nos viajar onde quer que estejamos. Traz de volta momentos inesquecíveis, porém adormecidos. Serve de terapia. Nos exclui por frações de segundos do mundo real. Leva a um lugar único, só nosso. Ressuscita pessoas. Relaxa. Faz dormir. Te tira dos barulhos corriqueiros da rotina. Buzina, telefone, televisão e blá blá blá. Cria fantasias. Faz flutuar. Por um movimento nosso, tira-nos da mais insuportável conversa alheia. Te salva daquela voz chata, da discussão ao seu lado, da barulheira das crianças, das pessoas efusivas, dos gritos ensurdecedores. Te salva daquele assunto o qual você não tem interesse. Nada como fones de ouvido, nada como aquelas músicas, pra trazer de volta tudo aquilo que passou e não volta mais. Nada como fones de ouvido, para nos retirar desse lugar que não queríamos, e levar aonde realmente desejaríamos estar. Os meus preferidos, o meu teletransporte.

terça-feira, 30 de março de 2010

Prólogo

"...mas esse sempre foi o meu jeito. Tomar decisões era a parte dolorosa para mim, a parte que me angustiava. Mas depois que a decisão era tomada, eu simplesmente a seguia - em geral com alívio de ter decidido o que fazer. Ás vezes o alívio era tingido de desespero. Mas ainda era melhor do que lutar com as alternativas."

domingo, 28 de março de 2010

Fim de semana

(...) Fiz o possível para não ir, eu não queria ir mesmo. Mas o que uma boa filha não faz para agradar um pai carente? Tentei pensar: será apenas uma noite e um domingo qualquer, passa rápido. Coloquei algumas coisas necessárias na bolsa do tipo: fones de ouvido, um livro, escova de dente. Levei também meu travesseiro o qual poderia resolver uma possível péssima noite de sono. As pessoas que foram juntamente comigo e meus pais não são as melhores de se passar um final de semana, nem chegam perto da minha faixa etária mas enfim, tentei ser absurdamente otimista. Chorei um pouco durante a viajem o que fez com que meu pai olhasse rapidamente o retrovisor, eu usava grandes óculos escuros mas pelo que percebi ele fez uma cara de desaprovação e quem sabe ficou com sua consciência pesada. Quando chegamos, a primeira coisa que fiz foi verificar se meu celular estava com linha, sem sucesso. Como pude pensar por uma fração de segundo que tinha área de cobertura naquele fim de mundo? Pronto, eu estava incomunicável. Fui fazer o papel de moça de família e fazer cara de feliz para cumprimentar os donos da casa, um casal da terceira idade. Menti que estava adorando e sorri muito forçadamente. O lugar era bonito, cheirava bem e tudo estava muito organizado. Menos mal, pensei. O casal era hospitaleiro e gentil, lembrava meus avós. Acomodei-me e fiquei monossilábica. E claro, eles foram fazer tudo que se tem direito num rancho (quando se tem também mais idade) pesca, churrasco, roda de viola com fogueira e tudo mais. Minha pequena sorte era que havia uma tevê pra que eu pudesse no mínimo tentar me distrair, uma vez que tevê em fim de semana só não é pior que o lugar que eu estava. Fiquei pensativa e depois fui ler um pouco. Fui amigável com as pessoas que me rodeavam, sentei e alimentei-me mais que devia. Fiquei atônita com a grande variedade de comida. Fui me alojar no quarto de hóspedes que haviam preparado para mim. Era pequeno com duas camas da solteiro, um armário e uma cômoda. Estava limpo e cheiroso. Fiquei satisfeita de pelo menos não ter que dormir no mesmo quarto que meu pai que ronca como um leão. Tomei um banho gostoso e deitei, estava nauseada. Fiquei rolando por uns instantes mas logo caí no sono. Acordei umas duas vezes durante a madrugada, mas logo adormecia novamente. Fui a última a acordar e fiquei novamente estupefata com o banquete de café da manhã. Estava ficando mais tranquila e alegre lembrando que aquilo duraria apenas mais algumas horas. Todos estavam caminhando pelos hectares do local enquanto eu lia mais alguns capítulos do livro. Enfim, fomos almoçar e meus pais vieram me dizer pra arrumar as coisas que estavámos quase saindo. Ufa. Óbvio que arrumei tudo rapidamente e almocei na mesma velocidade. Começaram a guardar as coisas e por fim, nos despedimos do casal que ficaria. Os abracei e ri, agora sem mentir e forçar. Entrei no carro cansada, suada. Olhei os olhos de um pai hiper satisfeito e pensei: não foi um sacrifício tão grande e meu papel está cumprido. Enfim, estou em casa, pensando que valeu a pena o programa de família por ver sorrisos de pais felizes por um fim de semana apaziguável.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Segundo Vinícius

Os homens bons, são feios.
Os homens bonitos, não são bons.
Os homens bonitos e bons, são gays.
Os homens bonitos, bons e heterossexuais, estão casados.
Os homens que não são bonitos, mas são bons, não têm dinheiro.
Os homens que não são bonitos, mas que são bons e com dinheiro, pensam que só estamos atrás de seu dinheiro..
Os homens bonitos, que não são bons e são heterossexuais, não acham que somos suficientemente bonitas.
Os homens que nos acham bonitas, que são heterossexuais, bons e têm dinheiro, são covardes.
Os homens que são bonitos, bons, têm dinheiro e graças a Deus são heterossexuais, são tímidos e nunca dão o primeiro passo!
Os homens que nunca dão o primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a iniciativa.
" Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia pro jantar "
de Moraes.

sábado, 20 de março de 2010

It's not a love history, It's a history about love

Eles se gostam. Sim, todos sabem e veem que se gostam. Eles são parecidos mas no fundo são o oposto. Ele deposita toda sua confiança e ela toda sua insegurança. Ele se entrega por completo e ela tá sempre pela metade. Ele teve absoluta certeza desde o primeiro dia e ela tem dúvidas até hoje. Rótulos e formalidades não é bem o forte dela. Assumir tem sido o que ele quer a algum tempo. "Ainda não, acho que não agora, não estou pronta ainda, espera mais um pouco" são alguns dos argumentos dela. Ou ele tem paciência porque a ama ou a ama porque tem paciência. Ela complica as coisas mais fáceis. Ele tem o dom de facilitar as coisas mais complicadas. Ela o ama por não conseguir ficar longe ou não consegue ficar longe porque o ama. Discutem. Se amam. Se entendem. Brigam. Confundem. Demasiado complexo. Interessante. Nada clichê.
E assim começou e assim continua sendo.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Do contrário

Sim, eu sei que sou uma pessoa muito instável. Não é novidade. Mudo de opinião com frequência. Quero, logo não quero mais. Acho que este post pode mostrar isso. Há pouco, estava degustando uma salada depressiva. Mas acho isso meio infantil. Sei o que andei passando. Mas não é motivo pra tanto. Hoje acordei diferente. Pensando diferente. Quem escreveu salada de depressão foi uma pessoa fraca, triste. Mas eu não sou assim. Não posso afugentar-me posso? Nem quero. Estou viva. Sou jovem. Tenho ideias. Tenho planos. Estou otimista. Quero mostrar o que eu tenho de melhor. O que eu posso fazer de melhor. Quero impressionar pessoas. Eu ainda não encontrei o caminho certo, mas por que deixaria de continuar procurando? Resolvi resgatar aquele potencial que estava guardado aqui dentro. E outros valores também.
"Eu sei o gesto exato, sei como devo andar
Aprendi nos filmes pra um dia usar
Um certo ar cruel, de quem sabe o que quer
Tenho tudo planejado pra te impressionar..."

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Salada de depressão

Tédio. Lágrimas infinitas. Horas que demoram a passar. Masoquismo. Dias completamente sem cor. Madrugadas sem graça. Falta de ânimo. Frio. Sinto muito a sua falta. Sem fome. Músicas deprimentes. Comendo doritos com fanta uva em pleno sábado a noite. Assistindo filmes repetidos. Ocupando o tempo com o estudo. Saudades. Saudades. Sem sal. Sem tempero. Olhando fotos. Relembrando. Falta de coragem. Falta tudo. Incompleto. Faltando pedaço. Sem companhia. Só. Completamente sozinho. Solitário. . Triste. Sem sorrisos sinceros. Socializando por conveniencia. Monossilábico. Desespero. Frio na barriga+nó na garganta. Choro. Televisão. Cama. Insuficiente. Fundo do poço.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Noção é algo bem interessante

Chega um determinado tempo em que você não se surpreende com mais nada. Logo eu, que sempre amei surpresas. Enfim, é outra história. Mas polemizando, nada mais me assusta, ou me arranca suspiros. Muito pelo contrário, tenho esperado muito do óbvio. Falando de pessoas então, vixi. Houve um tempo, recente até, em que me escandalizava com a falta de bom senso do ser humano, de alguns é claro. Fato que, a frase mais interessante e óbvio, a que mais gosto que já postei no meu twitter é: noção e bom senso são coisas que nunca deveriam faltar na prateleira de um supermercado. É indispensável gente! E sabe por que deveria vender em mercados ou até farmácias? Porque ou as pessoas não tem mesmo, ou não usam. Eu faço questão de olhar a todos com igualdade e coisa e tal, mas cá entre nós, capacidades todos tem, inteligência é um dom que pouquíssimos sabem apreciar, mas noção, noção nunca poderia faltar numa pessoa. Os motivos pelos quais estou mencionando essa indelicadeza da população é que eu me encontro todos os dias rodeada de pessoas assim. Inclusive pessoas as quais já até foram grandes amigos. Chega a ser muita falta de noção e bom senso para uma pessoa só. Me espantava, juro. Não mais. Espero qualquer coisa agora. Ando até preparada. Ainda me impressiona o fato de algumas pessoas com quem as quais eu sou obrigada a conviver e a engolir o quão inconvenientes elas são. Juro que, se eu tivesse oportunidade para um bate-papo com esses certos fulanos, iria até mesmo aconselhar, como pessoa sensata que sou. Falta ética, sabedoria, pudor e mais outras coisinhas sérias em alguns. Nada mais me aborrece, farei o esforço de ainda tentar acreditar na boa índole dos seres humanos, mas alguns, infelizmente, não me convencem do contrário, não mais.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Assim


Sem regras. Sem exceções. Sem mas. Sem vírgulas. Sem objeções. Sem argumentos. Sem mais. Querido, quando eu te vejo eu me vejo.