sexta-feira, 10 de maio de 2013

Acasos e descasos (principalmente).

Você não se sente confortável em admitir mas a verdade é que você mudou. Dias sombrios estiveram presentes nas nossas últimas semanas e você disse que estava tentando. Só que eu não sei ao certo se você realmente estava tentando de fato ou se é/era apenas uma forma inteligente de me punir, não seria a primeira vez. A gente costumava se conhecer melhor, mesmo você e seu jeito monossilábico de ser não era mais tão indecifrável para mim e eu, bom, não preciso dizer o quanto era transparente para você. Me despi inteiramente como maneira de que você me conhecesse mais do que eu mesma. Mas as coisas mudaram, eu entediada e você se afastando. No fim percebi que eu estava novamente deixando minha identidade de lado para te agradar, como largar o cigarro ou deixar de usar aquela blusa porque você achava que me deixava gorda. Juntamente a isso, percebi que você não me agrada mais, ou nunca agradou de fato, talvez fosse somente minha imaginação perante ao encanto que você causava em mim. Não sei. Eu me esforço para te decifrar mas agora tem uma barreira, um muro e eu perdi todo o controle. O que o tempo fez com a gente? O que nós fizemos com a gente? Chegamos naquele ponto em que você está frio, calado e eu estou chata e reclamando de tudo. Você desconfia de mim e eu não acredito em você, só no seu descaso, totalmente evidente. Uma coisa que me disseram uma vez é que se a gente não tomar cuidado o amor vai se dissipando, acabando, indo embora com o relógio. E na maioria das vezes, as pessoas deixam ele ir sem ao menos perceber. E quando a gente vê, já foi e não tem mais como fazer aquilo voltar, nem tentando. O meu medo, na realidade, é que isso, justamente isso, esteja acontecendo com a gente, nesse exato momento.      

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Por você, mesmo.