Não sou nem nunca fui perfeita. Muito menos a perfeição que eu sei que você queria que eu fosse. Será que somos culpados pela imagem que os outros criam de nós? Somos nós, que permitimos que eles criem tal imagem? Ou são eles os responsáveis pelas imagens que fazem? Como imperfeita que sou, também não possuo a bola de cristal que você acha que eu possuo/devia possuir. Exigências são um estímulo, mas não devem chegar a ser desprezo. Aprendi em demasia com os dias chuvosos e frios que caracterizaram as horas pelas quais passei. Devo saber o suficiente depois disso. Na realidade, quando já se esteve dos dois lados, tudo parece ficar mais claro, mas compreensível. Sim, perfeitamente compreensível. Se você nunca esteve dos dois lados, provavelmente não entenderá como deveria, afinal de contas se imaginar "na pele" do outro não é o suficiente. Nunca funciona. Não dá pra se imaginar no lugar de ninguém. Não se chateie se nunca esteve do outro lado, ou de um lado. Se você está no lado certo, espere nunca ter de estar do outro lado para saber como é. Tente compreender sem precisar estar do lado errado. Te parabenizaria bastante, tenha certeza. Enfim, retornando, sei o valor que tenho dado ultimamente, o suor, o tempo, tudo que tenho (que não é muita coisa). Já busquei a perfeição algumas vezes, não que o comodismo pairou sobre a minha cabeça, mas agora é mais visível, que isso não é o bastante, não parece ser o suficiente. O que posso fazer é tentar. Tentar mudar o rumo das coisas. Tenho feito isso. Posso continuar tentando e tentando. Nunca desistindo. Pois vejo com maior clareza impossível, o quanto ficaram desconfortáveis, desprotegidos, insanos, chuvosos e frios, aqueles dias. O que aprendemos é muito mais valioso que dolorido a cicatriz que fica.
Vou só continuar buscando, incansavelmente, mostrar que a perfeição é/será só consequência daquilo que se pode ser.
Que texto precioso!!!
ResponderExcluirServe para nós pensarmos!!!
Já estou te seguindo!!!
Beijão flor