quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

agora

'está tudo vindo à tona como se fosse vômito.'

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

mas que diabos...?!

sabe aqueles dias em que você começa a questionar sua própria vida? hoje é um dia desses pra mim. não estou passando muito bem fisicamente e dias como esse são catastróficos. por que? bem, aquelas vozes amigas dentro da minha cabeça vem me incomodar com zilhares de perguntas inúteis, e olha que havia um tempinho que elas estavam caladas. imagina soltar a voz interior num desses dias que você quer se acabar no seu quarto. é exatamente disso que estou me referindo. desde que as coisas mudaram ainda não havia parado pra pensar o que estou fazendo dessa vida que era pra estar sendo vivida. cuido de pessoas o dia todo e não cuido de mim. elas chegam tristes, dolorosas, eu resolvo todos os seus problemas físicos e elas vão embora very happy. ok, isso serveria de satisfação pessoal para qualquer um, mas desde que chega o fim da tarde e eu estou como uma dessas pessoas as quais cuido quando elas chegam, não está sendo nada aprazível. em menos de três semanas que tudo mudou, arrisco-me a dizer que já está tudo dentro da rotina. sou mais escrava do relógio hoje do que em qualquer outra fase da minha vida. dedico-me inteiramente a estudos e quando não estou estudando tenha certeza de que estou de consciência pesada por não estar estudando (como agora)! vida social, o que é mesmo? só saio do quarto pra ir ao encontro da minha doce rotina. longe das pessoas que eu gosto, diferente da vida que eu costumava levar, afetando-me física e psicologimante me pergunto: é isso que eu quero fazer pro resto da minha vida? era assim que eu me imaginava aos quase 22 anos? o que eu estou fazendo mesmo? me dedicando a uma vida que não é a minha? será que vale a pena largar uma vida pra trás juntamente com todas aquelas pessoas que eu amo? o que ganho com isso de verdade? eu sinto falta das minhas velhas-quase-únicas amigas, é, vocês mesmo. quero tomar um sorvete sentada na praça. quero contar histórias e dar dor de barriga de tanto rir. quero cozinhar sem olhar no relógio com medo de me atrasar. quero viajar sem destino com meu namorado. quero passar mais tempo com meus pais. quero ler um livro sem ficar solonenta. quero tudo isso e muito mais. quero a resposta de todas essas perguntas. quero saber se sacrificar meu corpo humano e minhas saudades, se o que estou fazendo de fato, realmente vale a pena. pra que? pra quando? por que?

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

adaptações

É claro que eu esperava por muitas coisas, várias estão acontecendo. E várias irão acontecer. Pedir demissão de um emprego público efetivo é uma escolha delicada. Trocar roupas coloridas por peças brancas também. Trocar um carro por um par tênis então? nem se fala. Estou me acostumando. Ou não?! O calor aqui é quase insuportável, mas meus novos vizinhos são adoráveis- com exceção de um que com seu cd do linkin park que só tem a música numb me deixam com insônia (pelo menos não é sertanejo)- o novo "trabalho" é prazeroso e bem cansativo. Os companheiros de trabalho são quase parentes. Trouxe comigo tudo que era e não era necessário. Meus livros estão aqui. Minhas (trezentas) apostilas de estudo também. Minhas músicas, meus fones, meu travesseiro, minha agenda (com novos compromissos), meus seriados e filmes. Tudo aqui. Mas eu sinto falta poxa. Dos meus pais. Do meu namorado. Das minhas cachorrinhas. Do meu banheiro (quem conhece meu novo banheiro me entende). Do silêncio da madrugada. Do frio. Enfim. Estou me adaptando. Tenho de. Afinal de contas, de agora pra frente, tudo será adaptações.